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25/07/2015 - 02h00

Fabricantes de motos recorrem a políticas agressivas de descontos

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em relação aos quase 20% de queda nos carros, a fabricação de motos caiu menos, 10,5%, na primeira metade do ano ante igual período de 2014. O emplacamento de motocicletas novas recuou em proporção parecida no semestre, para 641,7 mil unidades, segundo a Fenabrave, federação dos distribuidores.

O alento veio do comércio de 1,369 milhão de motos usadas, alta de 5,3%, segundo estudo da Fenauto, que reúne as lojas do segmento. Para cada zero quilômetro vendida, houve 2,1 rodadas comercializadas. Segundo a entidade que representa os revendedores, a maior parte delas tem até cinco anos de uso.

Paulo Takeuchi, diretor de relações institucionais da Honda, líder do mercado, afirma que o cronograma de lançamentos e campanhas na rede de vendas está mantido para este segundo semestre. Em março e abril a linha de produção foi interrompida por oito dias para se ajustar à queda da demanda.

Isadora Brant/Folhapress
No segmento de motos o consumidor prefere financiamentos longos com prestações menores
No segmento de motos o consumidor prefere financiamentos longos com prestações menores

Antonino Labate, diretor da Ducati do Brasil, enxerga um futuro promissor no segmento premium. Novos modelos devem trazer mais clientes para a marca, afirma.

Há promoções em todas as faixas de preço. A Suzuki V-Strom 1000 ABS, por exemplo, sai nas revendas por R$ 44.900, desconto de R$ 5.000.

Em São Paulo, a rede Honda oferta a CB 300R a R$ 12.990, menos R$ 1.560, e a XRE 300 a R$ 14.990, desconto de R$ 1.385. Revendas da BMW negociam as trails G 650 GS e F 800 GS com entrada de 50% e o restante em dez vezes sem juros no cartão.

A Kawasaki tem campanha mais agressiva. Há bônus de até R$ 10 mil em modelos top (caso da Ninja ZX-14, agora vendida por R$ 48 mil), e boa parte da linha pode ser paga em 12 vezes sem juros, com entrada de 20%.

Para José Casarini, a campanha movimentou a sua revenda no Bom Retiro: "Os clientes têm optado pelo financiamento em 24 meses, no qual os juros são de 0,49% ao mês, e as parcelas pesam menos".

Márcio Moraes, vendedor da New Motos, na zona norte paulistana, diz que a principal razão para o aquecimento do segmento de usadas é a diferença de preço em relação às novas.

"Se tirarmos como base uma Yamanha Teneré 250 nova, que custa R$ 15 mil, o comprador terá de arcar com R$ 1.300 entre documentos e emplacamento, R$ 16,3 mil ao todo. Tenho a mesma moto com um ano de uso pr R$ 12,5 mil, pronta para sair rodando."

Entre as premium, as usadas também entram muito como parte do pagamento de modelos mais atuais, diz Paulo Gugliotti, gerente da Márcio Motos, loja especializada em modelos acima de 500 cm³. De acordo com ele, o mercado de seminovas grandes vive um bom momento.

PRESSA DEFINE ESTRATÉGIA PARA A COMPRA

Quem busca um financiamento quer ter a moto logo. Antes de fechar o contrato, pesquise bastante as ofertas dos bancos das montadoras e consulte sua própria agência por um crédito personalizado, com juros mais baixos.

Uma entrada de 20% pode levar a uma taxa entre 1,5% e 2%. Uma proposta como essa tem aprovação quase certeira.

Para quem não tem tanta pressa, o consórcio pode ser uma boa saída.

A modalidade representa atualmente um terço das motos novas vendidas, com aproximadamente 3 milhões de consorciados.

Para ter a moto antes de concluir o pagamento do consórcio, é preciso ser contemplado em sorteios mensais ou dar o maior lance em assembleia.

A vantagem da modalidade é permitir a mudança de modelo durante a vigência do consórcio.

 

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