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25/07/2015 - 02h00

Com crédito restrito, concessionárias pedem entrada maior para reduzir juros

DE SÃO PAULO

A restrição de crédito, por causa do risco de inadimplência, definiu uma das táticas mais usadas pelo setor automotivo para vender mais. Boa parte das promoções oferece a chance de comprar carros com uma entrada maior, de 50% a 80% do preço total, mas com taxa de juros zero para o valor restante, dividido em 12 a 48 parcelas.

"Com crédito limitado e medo da inadimplência, quem mais se beneficia dessas promoções é quem tem poder de compra imediato", diz Alarico Assumpção Júnior, da Fenabrave.

Mesmo com prazo chegando a 60 prestações, nem sempre os consumidores têm o perfil necessário para conseguir um financiamento.

"A cada 10 pedidos, somente 3 recebem a aprovação", afirma Assumpção.

Segundo a Cetip, empresa que registra o giro de crédito no setor, houve queda de 22,1% no volume de financiamento na categoria novos na primeira metade do ano ante igual período de 2014.

Num momento em que o estoque médio da indústria automotiva é estimado em 47 dias de vendas, André Alves de Oliveira, gerente comercial da Itavema Renault, diz aguardar por mais negócios neste segundo semestre: "Acho que os lançamentos da linha devem ajudar nas vendas do próximo período".

Segundo o gerente de vendas da Fiat Ventuno, Paulo Henrique da Cunha, além das campanhas nacionais, as montadoras têm oferecido carros com desconto às concessionárias: "Às vezes a gente consegue cinco ou seis veículos com bônus de até R$ 5.000. Daí montamos promoções na concessionária".

Orlando Chodin Neto, gerente comercial da Sorana Volkswagen, afirma que as vendas da loja aumentaram 7% neste ano.
"Investimos em um estoque variado, o que faz com que sejamos capazes de entregar o carro rapidamente ao cliente", diz Chodin.

O segmento de carros de luxo também aderiu às promoções. Entre elas se destacam financiamentos a juro zero. Para quem tem altas somas investidas, compensa parcelar o pagamento nessa condição, porque o dinheiro para a prestação vem das aplicações financeiras, diz o gerente de serviços financeiros da Jaguar Land Rover, Frederico Fuchs. (BB e RG)

 

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