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02/08/2015 - 02h00

KTM 1190 Adventure rende bem na estrada e exige perícia na cidade

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Importada pela Dafra desde o início do ano, a austríaca KTM aos poucos se expande pelo Brasil antes da chegada dos modelos Duke 200 e Duke 390, que serão produzidos em Manaus (AM) e terão preços mais em conta.

A parceira Dafra Motos anunciou a sugestão de R$ 21.990 para a 390. A definição sobre a 200 deve sair na segunda quinzena deste mês.

Os R$ 79 mil cobrados pela Adventure 1190 não são pouco, mas essa KTM também é cara em outros países. Na Inglaterra, por exemplo, custa 15 mil libras (praticamente o mesmo do Brasil).

Entre as principais concorrentes estão a BMW R 1200 GS (a partir de R$ 69,9 mil) e a Triumph Tiger Explorer XC 1200 (R$ 63.990). Há também a italiana Ducati Multistrada 1200, que em breve chegará em nova geração.

DESEMPENHO DE SOBRA

A fama da KTM se deve aos resultados em provas de fora de estrada. Isso fica bem claro pela montagem minuciosa da moto.

A posição de pilotagem é ereta, com guidão largo e assento espaçoso e de espuma densa. Além disso, chama a atenção a firme fixação dos pés nas pedaleiras de alumínio "serrilhado", boas para encarar terra.

Apesar de alta (o banco fica a 86 cm do solo), não se dá mal no trânsito. Mesmo sendo comprida e com a frente larga, esterça a contento.

O motor de dois cilindros oferece desempenho de sobra. Após ligá-lo, o painel de cristal líquido mostra os dizeres "Ready To Race" (pronta para competir, slogan da companhia).

A reportagem rodou cerca de 160 km com o modelo. Na estrada, nota-se a distinção entre os quatro modos de condução, que são acompanhados por ajustes específicos da suspensão, do controle de tração e dos freios.

No "Rain" (chuva) e no "Off-road" (fora de estrada), aplicáveis em pisos de baixa aderência, a potência é limitada a 100 cv. O modo "Street" (para uso cotidiano) foi o mais usado. Tanto ele como o "Sport" liberam 150 cv e pedem mais perícia e controle do condutor.

PARA INICIADOS

Exceto pela vibração comum a esse tipo de motor, é patente sua disposição por girar alto. Algo inesperado é a força "cavalar" que já surge perto das 3.000 rpm e só para perto de 10.000 rpm -rotação de pico dos 150 cv.

Graças ao elevado torque (12,75 kgfm a 7.500 rpm), não é preciso mudar muito de marcha.

Com engates suaves, o câmbio só peca pela imprecisão do ponto morto. As últimas duas marchas (5ª e 6ª) têm relação apropriada para estradas e retas, e o tanque de 23 litros permite boa autonomia. Sabendo dosar o acelerador eletrônico, que se destaca pela firmeza ao girar a manopla, pode-se rodar cerca de 300 km sem paradas.

O manete de embreagem, curto e de ação hidráulica, é macio como poucos. Exemplos de que não há economia na construção e no acabamento são os protetores de mãos parrudos, o potente farol com LEDs diurnos (também presentes nos piscas e na lanterna) e a ampla "grelha" para a bagagem.

O amortecedor de direção tem seu mérito na pilotagem precisa, bem como as rodas e os largos pneus sem câmara. O conjunto é unido por um chassi rígido.

Por causa do para-brisa bem dimensionado, a ação do vento é pouco notada. A 120 km/h, a impressão é de estar a 90 km/h.

Sucessora da Adventure 990, a 1190 bem que poderia ter a companhia da 1050. De mesmo design e arquitetura, é uma KTM mais acessível e igualmente valente.

Com GITÂNIO FORTES
Colaboração para a Folha

 

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