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06/09/2015 - 02h00

Porsche Cayenne híbrido chega ao Brasil no fim do ano; confira teste

RODRIGO MORA
ENVIADO ESPECIAL A STUTTGART (ALEMANHA)

Embora tenha criado e dado nome a uma marca de modelos essencialmente esportivos, o primeiro feito relevante de Ferdinand Porsche (1875-1951) na indústria automotiva foi um carro híbrido.

Apresentado no Salão de Paris de 1901, o protótipo Semper Vivus deu origem, no final daquele ano, ao Lohner-Porsche Mixte, o primeiro carro da história impulsionado pela união de um motor a combustão a um elétrico.

O motor de 5,5 litros tinha 25 cv, suficientes para as necessidades da época, mas pífios diante dos 416 cv do novo Cayenne S E-Hybrid que a Folha avaliou por cerca de 320 km entre as cidades alemãs de Stuttgart e Nürburg.

VERDE-LIMÃO

Era fácil identificá-lo no estacionamento do aeroporto de Sttutgart, ponto de partida do teste: as pinças dos freios e o logotipo do modelo vêm pintados de verde-limão. A cor simboliza a linha de híbridos da marca, composta ainda pelo Panamera, um cupê de quatro portas.

Na cabine, a cor chamativa se repete nos ponteiros do painel. O velocímetro é digital, mas com menor destaque. O que chama a atenção é o mostrador que indica como o sistema de propulsão está funcionando.

Com o carro parado, os olhos do motorista logo se desviam para os detalhes da cabine. A qualidade dos materiais condiz com o prestígio da marca, com muito couro e alguns detalhes prateados.

Os bancos dianteiros tem ajustes elétricos. É possível até abrir ou fechar as abas laterais do assento e do encosto.

A posição de guiar, com o volante bem na vertical, é o ponto que mais se aproxima da essência dos cupês e conversíveis da Porsche. No mais, o Cayenne é um jipão de alto luxo feito para passeios em família.

SÓ NA ELETRICIDADE

As baterias desse Porsche podem ser recarregadas pela atuação do motor a gasolina ou plugando o carro na tomada. Segundo a fabricante, dá para rodar até 36 quilômetros usando apenas eletricidade, a depender do trecho percorrido e do peso transportado.

É preciso apertar o pedal do acelerador com sutileza para não despertar o motor a combustão. A recompensa está em trafegar a até 125 km/h em silêncio, sem emitir fumaça.

Quando se afunda o pé, os dois motores começam a trabalhar em conjunto. São poucos segundos até se romper a barreira dos 200 km/h, algo possível nos trechos sem limite de velocidade das estradas alemãs.

Nessa condição, o ajuste dos amortecedores no modo "Sport Plus" deixa o Cayenne mais firme, atenuando -mas não neutralizando -o balanço típico dos SUVs.

A direção é bem calibrada, mas também lembra o motorista de que aquele é um utilitário esportivo híbrido, o menos esportivo dos Porsches.

No fim da viagem, o sistema híbrido foi responsável pela boa média de 10,5 km/l exibida no computador de bordo, considerando o peso do carro (2.350 quilos) e os trechos de alta velocidade.

A marca pretende vender o Cayenne híbrido no Brasil ainda este ano, com preço posicionado entre os R$ 476 mil da versão S e os R$ 686 mil da configuração Turbo. Menos do que isso será pechincha; mais, extravagância.

Viagem a convite da Porsche do Brasil

 

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