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13/09/2015 - 02h00

Renault Sandero R.S. passa pelo teste Folha-Mauá

RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO

Caso existisse uma cerimônia do Oscar para o setor automotivo, os 75 engenheiros da Renault Sport mereceriam uma estatueta pelo conjunto do Sandero R.S.

Desde 1976, essa divisão incrementa os veículos da marca francesa. E embora tenha no currículo inúmeros carros de corrida e até uma minivan com motor de F-1 de 820 cv, transformar o urbanoide Sandero em um verdadeiro esportivo é certamente um marco em suas carreiras.

A lista de mudanças vai além dos adesivos espalhados pela carroceria. A suspensão foi rebaixada em 2,6 cm, as molas ficaram mais rígidas, o escapamento ganhou saída dupla, os discos de freio (nas quatro rodas) ficaram maiores e o sistema de direção foi recalibrado.

O motor 2.0 16v e o câmbio manual de seis marchas vieram do Duster. O conjunto passou por algumas mudanças e agora oferece 150 cv de potência quando abastecido 100% com etanol.

PISTA, CIDADE E ESTRADA

No meio do trânsito urbano, parado no semáforo vermelho, o motorista se sente no Sandero 1.0 básico, de R$ 38.250, e não nesse topo de linha (R$ 58.880). Acabamento refinado e materiais de qualidade superior não estão entre os diferenciais da versão mais potente.

O único aconchego vem do banco, com generosas abas laterais que abraçam o corpo do motorista sem apertá-lo.

O "espírito esportivo" revela seu lado ruim: a suspensão dura e as rodas de 17 polegadas -item opcional vendido a R$ 1.000- fazem os ocupantes conhecerem melhor o tamanho e a profundidade dos buracos pelo caminho.

Usar o Sandero R.S. diariamente é viável, mas não é aí que o Renault dará seu melhor. É em uma estrada sinuosa que ele se revela, com uma direção comunicativa, um motor vigoroso em rotações médias e altas e um câmbio de engates precisos.

A sexta marcha poderia deixar o motor trabalhar em giros mais baixos do que o ajuste feito pela Renault, mas o ronco elevado acaba compondo a atmosfera de carro feito para correr.

O evento de lançamento incluiu algumas voltas no Autódromo Velo Cittá, em Mogi Guaçu (a 164 km de São Paulo). Lá, quem surpreende são o câmbio e os freios. O primeiro por aguentar as sucessivas reduções de marcha; o segundo, pela sensibilidade do pedal e poder de frenagem.

PUNTO NA MIRA

Rival direto do Sandero R.S., o Punto 1.4 T-Jet custa R$ 67.010. Justifica a diferença o fato de o Fiat turbinado ser, no conjunto da obra, um produto mais refinado, desde o acabamento interno até características de construção.

Na questão dinâmica, contudo, o Renault desbanca o Fiat e assume o status de esportivo compacto nacional mais divertido ao volante.

SANDERO R.S.

MOTOR Dianteiro, quatro cilindros, 16v, transversal, flex, 1.998 cm3
POTÊNCIA 145 cv (g) e 150 cv (e) a 5.750 rpm
TORQUE 20,2 kgfm (g) e 20,9 kgfm (e) a 4.000 rpm
CÂMBIO Manual, 6 marchas
PNEUS 205/45 R17
PESO 1.161 kg
PORTA-MALAS 320 litros
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 10,2s (g) e 9s (e)
RETOMADA (80 km/h a 120 km/h) 7,2s (g) e 6,4s (e)
FRENAGEM (80 km/h a 0): 32,5 m
CONSUMO Urbano: 9,3 km/l (g) e 7,9 km/l (e) Rodoviário: 14,3 km/l (g) e 11,4 km/l (e)
DIMENSÕES 4,07 m de comprimento, 1,5 m de altura, 1,73 m de largura e 2,59 m de distância entre eixos
PREÇO R$ 58.880

 

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