Evolução de baterias eleva eficiência e carros elétricos ressurgem em Frankfurt

Carros elétricos estão de volta ao jogo. A conclusão vem de Frankfurt, onde o maior salão do automóvel do mundo está aberto ao público até domingo (27).

Baterias com maior capacidade de acumular energia são o ponto central dessa retomada. Os conceitos Porsche Mission e Audi e-tron, por exemplo, podem percorrer cerca de 500 quilômetros sem precisar de recarga.

Para comparar, o Tesla Model S, sedã que é a atual referência da categoria e custa o equivalente a R$ 220 mil nos EUA, roda 100 km a menos.

"Graças à pesquisa, a densidade de carga das baterias vem aumentando", diz Ulrich Hackenberg, diretor de tecnologia da Audi.

Em breve, os avanços chegarão às ruas. A Nissan anuncia em Frankfurt que uma nova geração de baterias já espichou a autonomia dos novos Leaf para cerca de 250 quilômetros. Quando o carro foi lançado, em 2010, mal dava para percorrer a metade dessa distância.

"Ter esta autonomia para rodar sem precisar conectar o automóvel a uma tomada e esperar por horas pode mudar a percepção que os consumidores tem sobre esses veículos", disse à Folha Shiro Nakamura, vice-presidente global da Nissan.

BASTA PLUGAR

Um ponto a favor dos elétricos é a simplicidade de uso: não é preciso ter uma rede de abastecimento complexa, como no caso dos carros movidos a pilha de hidrogênio.

Para eventualidades como ficar sem energia no meio de uma viagem, as montadoras testam sistemas que permitem que 80% da carga seja recuperada em 15 minutos.

Com mais gente investindo na tecnologia dos elétricos e novidades atraentes, os carros a bateria podem ganhar escala de produção -com consequente redução de preços- e atrair o público. Como se vê nos estandes de Frankfurt, novas alternativas para isso começam a aparecer.