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11/10/2015 - 02h00

Novo Audi A4 muda pouco no visual e muito na mecânica

FERNANDO VALEIKA DE BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE VENEZA (ITÁLIA)

"Quando o assunto é estilo, nada é mais parecido com o novo Audi A4 do que sua geração anterior", disse à Folha o engenheiro espanhol Victor Oliveras Merida, responsável pelo projeto.

O modelo -que será lançado no mercado brasileiro em 2016- recebeu mudanças sutis, como a grade mais larga e faróis e lanternas com contornos de LEDs.

A nova plataforma, batizada MLB Evo, reduziu o peso do carro em até 110 kg. É a mesma de modelos maiores como o Audi A6 e Porsche Macan. O resultado é um sedã com 4,73 m de comprimento (3 cm a mais que antes) e 2,82 m de distância entre eixos. Há mais espaço para as pernas dos passageiros.

"Quando possível, trocou-se o aço estampado pelo alumínio ou materiais compostos mais leves", ressalta Merida. Essa redução, somada às mudanças aerodinâmicas, geram redução de consumo e de emissões em cerca de 21%, segundo a marca.

Por dentro, as mudanças são mais perceptíveis. O painel de instrumentos foi transformado em uma tela configurável de LCD. É possível alterar o tamanho do velocímetro, projetar o mapa de navegação ou exibir informações sobre o comportamento do carro.

O pacote de equipamentos inclui dispositivo para carregamento sem fio de smartphones, projeção de dados no para-brisa e equipamento sonoro de alta fidelidade.

Há também internet a bordo, que permite receber e-mails por meio de pareamento com os dispositivos móveis. No banco de trás, um tablet vem como acessório.

Há também o sistema start-stop, que desliga o motor quando o carro faz paradas rápidas (em semáforos, por exemplo) e o religa assim que se tira o pé do freio.

NOVO 2.0

O motor 1.8 turbo de 170 cv foi substituído pelo novo 2.0 TFSI (190 cv). Otimista, a Audi afirma que as mudanças mecânicas resultam em um consumo médio de 20,8 km/l.

O carro avaliado tem câmbio automatizado de sete marchas e, segundo a fabricante, acelera de zero a 100 km/h em 7,3s. O silêncio do motor e a estabilidade, que é vigiada por sensores, impressionam.

O sistema Audi Drive Select calibra o funcionamento do motor e do câmbio, a rigidez da direção e a altura da suspensão. O motorista escolhe se o carro terá um comportamento esportivo ou se será mais confortável.

A versão com motor 1.4 TFSI (150 cv), cotada para chegar ao Brasil, também foi experimentada. Durante a avaliação em estrada, o consumo exibido no computador de bordo beirava os 19 km/l.

Os preços do novo A4 no Brasil ainda não foram divulgados. Os valores da geração atual partem de R$ 138.190. Na Europa, onde estreará em dezembro, o Audi custará cerca de 5% a mais que antes.

Na briga para tornar-se o modelo com mais tecnologia embarcada de sua categoria, o Audi A4 adotou recursos que até pouco tempo só eram encontrados em modelos ainda mais luxuosos.

Um conjunto de sensores ajuda a estacionar, monitora o tráfego ao redor e avisa caso o carro ameace invadir a faixa de rolagem ao lado.

A câmera instalada no para-brisas reconhece os sinais de trânsito ao mesmo tempo que o navegador GPS transmite informações da estrada e exibe a velocidade máxima permitida no trecho.

O sistema de segurança detecta veículos e pedestres a uma distância de até 100 metros. Se houver risco iminente de colisão, o motorista recebe uma série de avisos e, se necessário, o carro começa a aplicar força nos freios.

Ao trabalharem em conjunto, todos esses radares, câmeras e sensores ultrassônicos transformam o A4 em um carro semi-autônomo.

QUASE AUTÔNOMO

Em um uma parte do teste, o sedã produzido na Alemanha conseguiu percorrer alguns trechos com mínimas intervenções do motorista. O A4 se manteve em sua faixa sem que fosse preciso mexer na direção ou acelerar.

Ele faz isso por conta própria.

Entretanto, é preciso tocar o volante a cada dez segundos para o automóvel interpretar que há alguém no posto do motorista.

O Audi pode andar dessa forma a até 65 km/h. Os limites de velocidade indicados pela sinalização são sempre respeitados, e uma distância segura dos outros veículos é permanentemente mantida.

"Apesar do A4 ser um carro com capacidade para se guiar sozinho, limites como o toque ao volante a cada dez segundos ainda são exigidos por lei. É preciso demonstrar que há alguém no comando", diz o espanhol
Victor Oliveras Merida, engenheiro responsável pelo projeto.

De acordo com os planos da Audi, exigências desse tipo deverão ser a última escala antes do lançamento dos carros totalmente autônomos.

 

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