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18/10/2015 - 02h00

Subaru WRX STI é afinado para as pistas e pouco confortável nos trajetos urbanos

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

Os olhos miram o retrovisor interno e veem uma barra horizontal cortando o espelho. É o aerofólio do Subaru Impreza WRX STI, esportivo japonês que chega ao Brasil em nova geração.

A asa colocada sobre a tampa do porta-malas não é mero adereço. Sua função é ajudar o esportivo a grudar no chão quando se está em alta velocidade. O carro inteiro segue esse conceito: cada parte adicionada à carroceria tem um papel voltado ao desempenho.

O motor 2.5 é turbinado à moda antiga: o pico de força chega em rotações altas. Isso faz com que o STI pareça um sedã pacato quando no trânsito. Tal impressão se desfaz após poucas trocas de marcha, pois um carro com embreagem tão pesada não pode ser lento. E não é.

Na pista, seu habitat natural, o Subaru arranca apoiado em sua tração integral e vai do zero aos 100 km/h em 6,3 s. O número poderia ser até melhor caso houvesse um pouco mais de tempo e intimidade com o veículo. O WRX pede envolvimento.

FEITO PARA CORRER

A suspensão é quase rígida, ideal para circuitos travados. Essa é outra característica que desestimula o uso cotidiano e comprova que esse sedã japonês foi plenamente pensado para correr.

O câmbio manual é coisa rara nos dias de hoje, tempo em que os esportivos com mais de 300 cv são dominados por sistemas automatizados de dupla embreagem. Mas dar ao piloto o poder de controlar a alavanca de marchas é uma concessão da Subaru aos entusiastas.

O botão giratório no meio do console seleciona como a tração irá atuar. Pode-se repartir a força igualmente entre os eixos e fazer do Subaru um carro pronto para ralis. Foi nesse ambiente de terra e velocidade que o modelo ganhou fama geração após geração, pintado de azul e com rodas douradas de aço.

O esforço dos engenheiros é voltado ao apuro técnico, mas há concessões ao luxo. O ar-condicionado tem regulagem digital e duas zonas de temperatura, o sistema de som incorpora navegador GPS e há bom espaço no banco traseiro. Mas não custa reforçar: esse carro não foi feito para ir de casa para o trabalho.

Vendido por R$ 196,9 mil, o WRX STI está só entre os japoneses. Seu rival histórico, o Mitsubishi Lancer Evo, chega ao fim da linha neste ano. Até que renasça, o Subaru será um rei absolutista.

SUBARU IMPREZA WRX STI

MOTOR Dianteiro, turbo, a gasolina, quatro cilindros com 2.497 cm³ e 16 válvulas
POTÊNCIA 310 cv a 6.000 rpm
TORQUE 40 kgfm a 4.000 rpm
TRANSMISSÃO Tração integral, câmbio manual de seis marchas
PNEUS 245/40 R18
PORTA-MALAS 460 litros
PESO 1.516 kg
ACELERAÇÃO 0 a 100 km/h: 6,3s
RETOMADA 80 a 120 km/h: 4,7s
CONSUMO urbano 8,3 km/l
CONSUMO Rodoviário 12,4 km/l
DIMENSÕES 4,59 m de comprimento, 1,47 m de altura, 1,79 m de largura e 2,65 m de distância entre eixos
PREÇO R$ 196,9 mil

 

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