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25/10/2015 - 02h00

No Brasil, principal uso de veículos elétricos ainda é comercial

RODRIGO MORA
DE SÃO PAULO

Embora a Renault lidere o segmento de veículos elétricos no Brasil, é impossível chegar a uma concessionária da marca e sair de lá com um modelo movido a eletricidade. As vendas são exclusivas para empresas.

Desde 2013 os modelos Zoe, Twizy, Fluence Z.E. e Kangoo Z.E. rodam no país em caráter de testes: a Renault marca território no segmento incipiente e avalia o comportamento dos carros no país, enquanto as companhias reduzem custos com manutenção e combustível.

Tipos de veículos elétricos

Um dos principais clientes são os Correios, que têm em Brasília (DF) e Curitiba (PR) duas unidades do furgão Kangoo na frota.

A estatal tem que reduzir em 20% as emissões de gás carbônico até 2020, meta imposta pelo programa global de redução de poluentes do setor postal da International Post Corporation (IPC).

A CPFL Energia tem oito modelos da Renault na frota. Seu interesse em testar carros elétricos no Brasil é óbvio: enquanto distribuidora de energia, caberá a ela, num futuro próximo, fornecer e cobrar pela eletricidade que usuários consumirão ao carregar seus carros na tomada.

Antes disso, contudo, é preciso avaliar impactos do uso desses modelos na infraestrutura atual.

Outros clientes são a Coca-Cola, a Fedex e a hidrelétrica Itaipu Binacional. No total, são 80 unidades.

Com 250 mil veículos elétricos vendidos mundialmente, a Aliança Renault-Nissan também tem o Leaf no Brasil.

O modelo é usado por taxistas no Rio de Janeiro e em São Paulo.

CARREIRA SOLO

A venda de híbridos no Brasil começou com o Toyota Prius, em 2013, bem depois de EUA e Europa, principais mercados.

E a de elétricos, só em 2014. Foi com o BMW i3, que até hoje reina sozinho entre os movidos a eletricidade.

Segundo a marca, foram 40 emplacamentos desde setembro do ano passado -nada mau para um carro vendido, na promoção, por R$ 199.950.

Rodar com o hatch em São Paulo requer planejamento: é preciso considerar se haverá oportunidade para recarregá-lo e se a carga da bateria é suficiente até a próxima tomada.

O comprador do i3, contudo, pode levar para casa o Wallbox, carregador de R$ 745 que promete deixar a bateria cheia em até três horas.

É possível também espetar um cabo na tomada comum e esperar o a bateria recarregar de madrugada, quando a tarifa cobrada é menor.

 

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