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01/11/2015 - 02h00

Novo Honda NSX eleva o patamar dos esportivos híbridos

EDUARDO SODRÉ
ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO (JAPÃO)

Primeiro, vem a explosão. Cinco segundos depois, o silêncio. Em seu "Big Bang" particular, o Honda NSX está na origem dos novos tempos para os superesportivos.

A calmaria que se dá logo após a partida é obra do sistema híbrido. Há dois motores elétricos acoplados no eixo dianteiro, e um terceiro vai na parte de trás.

Entre eles está o V6 biturbo, a gasolina, responsável pelo ronco inicial.

Franck Robichon/Efe
CRJ7 TOKIO (JAPÓN) 28/10/2015.- Honda presenta su modelo NSX en el Salón del Automóvil de Tokio 2015, hoy, 28 de octubre de 2015. La 44 edición del escaparate del motor de Tokio abrirá al público del 30 de octubre al 8 de noviembre. EFE/FRANCK ROBICHON ORG XMIT: CRJ7
Novo Honda NSX tem motores elétrico e a combustão que combinados geram 550 cv

A combinação de todas as forças gera 550 cv de potência. Nada de surpreendente no mundo dos supercarros, mas o NSX tem algo a mais.

A avaliação na pista de testes da Honda em Togichi, Japão, era restrita a duas voltas em um circuito oval.

Ted Klaus, líder da equipe que desenvolveu o carro, lembra que se trata de um modelo pré-série. Entretanto, o acabamento correto da cabine mostra que o NSX está pronto para as ruas.

Os primeiros metros são percorridos no modo elétrico. Já na cabeceira da pista, o acelerador é pressionado até o fundo. O carro parte sem titubear.

As rodas não destracionam, não há ameaças de saídas de traseira ou de dianteira. O NSX apenas traça uma linha reta e parte como se não houvesse amanhã.

Reprodução
Artecarro
Sistema híbrido do Honda NSX

Um engenheiro vai no banco do carona. Ele capta as reações do motorista e faz anotações em uma prancheta.

Não dá para entender os caracteres japoneses, mas se imagina que há apenas elogios ali.

A primeira volta serve para ver a capacidade que o NSX tem de acelerar. Na segunda, a solidez do carro é o que chama a atenção. Parece ser impossível tirá-lo dos trilhos, pois o Honda permanece neutro mesmo a 180 km/h.

O teste acaba em segundos, que pareceram um suspiro. É preciso alguns instantes para avaliar uma experiência tão fugaz.

Provavelmente, um convívio mais longo mostraria que o NSX é o mais surpreendente carro japonês já feito, e o que melhor aproveita o potencial dos sistemas híbridos. Dá para acelerar sem peso na consciência ecológica.

Como não foi possível andar mais, resta torcer pela sua chegada ao Brasil -onde, mesmo com os incentivos fiscais aos quais tem direito, custará perto de R$ 1 milhão.

O jornalista Eduardo Sodré viajou a convite da Anfavea

PRIMEIRA GERAÇÃO TEVE 'MÃO' DE AYRTON SENNA

As missões do Honda NSX, lançado em 1990, não eram simples: enfrentar os principais esportivos alemães (Porsche), italianos (Ferrari) e americanos (Corvette) e demonstrar ao mundo o poderio da marca no mundo das competições.

Naquele ano, a Honda vivia seu auge dentro das competições. Era dela o motor que empurrava a McLaren rumo ao bicampeonato de Fórmula 1 de Ayrton Senna.

A sintonia do brasileiro com os engenheiros da marca o levou a contribuir no desenvolvimento do NSX.

Durante testes no circuito de Nürburgring, na Alemanha, Senna levou os engenheiros a enrijecerem o chassis em 50%. Ajustes na suspensão e na dirigibilidade também vieram após considerações do tricampeão.

Primeiro supercarro da Honda, o NSX (sigla para New Sportscar Experimental) tinha uma configuração incomum até para os dias de hoje: motor central (localizado atrás dos bancos dianteiros), tração traseira e carroceria toda em alumínio -fora o primeiro carro do mundo a empregar o material.

Seu motor era um 3.0 V6 de 290 cv e 31 kgfm de torque, que mais tarde ganharia upgrades (veja linha do tempo).

O câmbio era manual, de cinco marchas. E não havia direção hidráulica.

Segundo a Honda, seu visual foi inspirado no avião de caça F-16 (daí sua cabine ligeiramente mais frontal).

No interior, o motorista contava com posição de guiar rente ao assoalho, bancos de couro, painel simples, mas de leitura fácil, ar-condicionado automático e sistema de som de alta qualidade.

Em 2005, a Honda encerrou a produção do modelo -que por muito tempo foi o carro japonês mais caro à venda (RODRIGO MORA)

 

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