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15/11/2015 - 02h00

Com motor flex, Audi A3 Sedan nacional passa pelo teste Folha-Mauá

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

A primeira etapa do teste foi um encontro às escuras. O Audi A3 Sedan nacional chegou à redação como modelo pré-série, sem informações oficiais confirmadas. É a melhor maneira de conhecer a essência de um carro.

Não havia nenhuma indicação visível de que o modelo era o primeiro flex da marca alemã, pois o simplório adesivo que identifica a tecnologia foi colocado depois.

Na estrada, a desenvoltura do carro produzido em São José dos Pinhais (PR) fez parecer que nada mudou em relação ao importado. A direção precisa e rápida, as retomadas vigorosas, a sensação de solidez passada pela carroceria e o aspecto dos materiais da cabine confirmam: é um carro premium.

O fato de o ar-condicionado não ter regulagem digital decepciona. A compensação está nos itens de segurança: sete airbags e controles de estabilidade são equipamentos de série, acompanhados por faróis de xenônio, som com bluetooth e freio de mão com acionamento elétrico. O preço parte de R$ 99.990.

Algumas semanas depois, a versão Ambiente do A3 brasileiro veio para ser avaliada. Equipado com rodas de 17 polegadas, borboletas para trocas manuais de marchas e sensores de chuva e de luminosidade, custa R$ 109.990.

PRESTÍGIO

Utilizado prioritariamente no trânsito urbano, o sedã convence pelo silêncio e a leveza dos comandos. É feito para impressionar os consumidores de carros médios que sonham em trocar seus Hondas, VWs e Toyotas por um modelo de maior prestígio.

Quando o etanol está perto do fim, a tela retrátil do sistema multimídia oferece uma lista de postos de combustível nas proximidades. Basta selecionar um para que o GPS trace a rota. Um belo acessório, que faz parte de um pacote de preço pouco amigável: R$ 13 mil.

A segunda versão testada confirma: tudo parece igual ao modelo importado. Mas há mudanças, e são grandes.

Por baixo da carroceria, a suspensão traseira multibraço foi substituída pelo convencional eixo de torção. Na teoria, a troca representa menos esportividade. Na prática, o motorista precisará andar muito rápido para perceber a mudança.

O câmbio automatizado de dupla embreagem da versão importada deu lugar a uma caixa automática convencional, de seis velocidades. Isso poderia representar perda de desempenho, mas os 150 cv do motor flex (28 cv a mais que antes) garantiram números ligeiramente melhores que os da versão a gasolina.

Também não houve perdas no consumo. Econômico como um modelo 1.0, o A3 fez média rodoviária de 12,1 km/l com etanol no tanque.

Poderia ser ainda mais rápido, caso mantivesse o antigo conjunto de transmissão e de suspensão? Sim. Mas o que a Audi apresenta hoje não é um carro inferior.

A marca tira o pé da esportividade e investe no conforto. É não só uma forma de reduzir custos de manufatura, mas também de adequar seu produto ao uso cotidiano nas ruas do Brasil.

AUDI A3 SEDAN AMBIENTE

MOTOR Dianteiro, turbo, flex, quatro cilindros com 1.395 cm³ e 16 válvulas
POTÊNCIA 150 cv entre 4.500 rpm e 5.000 rpm
TORQUE 25,5 kgfm entre 1.500 rpm e 5.500 rpm
CÂMBIO Automático sequencial, seis marchas
PORTA-MALAS 425 litros
PESO 1.240 kg
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 8,8s (e) e 9,4s (g)
RETOMADA (80 km/h a 120 km/h) 5,7s (e) e 6,3s (g)
CONSUMO URBANO 9,1 km/l (e) e 12,1 km/l (g)
CONSUMO RODOVIÁRIO 12,2 km/l (e) e 16,7 km/l (g)
DIMENSÕES 4,46 m de comprimento, 1,42 m de altura, 1,80 m de largura e 2,64 m de distância entre eixos
PREÇO R$ 109.990

 

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