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29/11/2015 - 02h00

Volvo XC90 passa pelo teste Folha-Mauá

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

A propaganda do Volvo XC90 mostra o motorista com as mãos fora do volante enquanto o carro segue em frente. A curiosidade de testar esse sistema era tanta que suplantava os outros tantos recursos oferecidos pelo carro.

Porém, ao abrir a porta, o ambiente novidadeiro desperta a atenção. Uma tela no centro do painel saúda o motorista e concentra a maior parte das funções. O quadro de instrumentos também é digital, podendo ser configurado ao gosto do proprietário.

O botão giratório que seleciona o modo de condução parece feito de prata. É o que a Volvo chama de "toque de joia", conceito reproduzido em outros comandos da cabine.

Detalhes assim fazem pouca -ou nenhuma- diferença quando o carro está em movimento, mas ajudam a impressionar os clientes em potencial, dispostos a gastar R$ 363 mil na versão topo de linha desse utilitário de luxo.

Antes de testar o sistema automático de condução, é preciso levar o Volvo para a pista de testes. Há um 2.0 turbo a gasolina sob o capô, com 320 cv de potência. Não é comum ver um carro desse porte com esse tipo de motor. A escolha óbvia recai sobre os tradicionais V6 ou V8.

Mas aí o XC90 chega aos 100 km/h em cerca de 7s e se torna um dos utilitários de grande porte mais rápidos já avaliados pelo teste Folha-Mauá. Para completar, o consumo rodoviário fica em módicos 13,2 km/l na estrada. Nada mau para um carro que pesa mais de duas toneladas e tem quase cinco metros de comprimento.

NA VAGA

Apesar das dimensões, é fácil dirigir o Volvo. Sonares medem o tamanho das vagas e avisam quando o espaço é suficiente. Depois, é só habilitar o assistente de estacionamento e controlar freio e acelerador. O carro faz o resto, girando o volante e avisando quando é preciso trocar a marcha para concluir a manobra.

Caso não confie nessa tecnologia, o motorista pode se guiar pelas câmeras ao redor do carroceria. Elas criam uma imagem virtual do carro, que é exibida na central multimídia. Parece que o jipão está sendo visto de cima. Com tudo isso, é preciso estar muito distraído para esbarrar em colunas ou em outros veículos na garagem.

Feitas todas as medições, chega a hora de acionar o modo semi-autônomo. Há tantas limitações que só foi possível utilizar esse recurso por breves momentos.

A velocidade máxima não pode passar de 50 km/h, e as faixas de trânsito no asfalto precisam estar perfeitamente pintadas para que sejam detectadas pelos sensores.

Se a via atender a essas condições, basta acionar o piloto automático para que o XC90 rode sem intervenções do motorista, seguindo o carro da frente.

A brincadeira dura dez segundos. Após esse tempo rodando sozinho, o Volvo "pede" para o motorista segurar o volante. É exigência da legislação atual de trânsito, que não permite que veículos circulem sem motorista. Tocar a direção é uma forma de dizer "olá, estou aqui".

Seria uma experiência frustrante se o XC90 não fosse um carro tão acima da média em seu segmento. Trata-se de um SUV que realmente oferece espaço para sete pessoas e tem requintes dignos da referência máxima do segmento, o Range Rover Vogue -que custa o dobro do preço pedido pelo Volvo.

Volvo XC90

VOLVO XC90 T6 INSCRIPTION

MOTOR Dianteiro, transversal, 1.969 cm3
POTÊNCIA 320 cv a 5.700 rpm
TORQUE 40,8 kgfm entre 2.200 e 4.500 rpm
CÂMBIO Automático sequencial, oito marchas
PNEUS 275/45 R20
COMPRIMENTO 4,95m
ENTREEIXOS 2,98m
LARGURA 2m
ALTURA 1,78m
PORTA-MALAS 692 litros
PESO 2.125 kg
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 7,1s
RETOMADA (80 km/h a 120 km/h) 5s
CONSUMO URBANO 8,5 km/l
CONSUMO RODOVIÁRIO 13,2 km/l
PREÇO R$ 363 mil

 

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