Passeio com Ferrari ajuda a entender o fascínio gerado por supercarros
JOSIAS SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE SONOMA (CALIFÓRNIA)
Cada um tem seu ideal de dia perfeito. Para quem gosta de carros esportivos, rodar com uma Ferrari pelo Napa Valley e por Sonoma, as regiões vinícolas da Califórnia, pode ser uma boa receita.
O passeio promovido pela divisão norte-americana da marca italiana foi feito ao volante do modelo conversível California T. Mais do que mostrar a esportividade do motor 3.9 V8 biturbo (560 cv), a ideia era fazer turismo com a capota abaixada.
Foi preciso conciliar o prazer de apreciar as belas paisagens à vontade de acelerar a Ferrari nas estradinhas cheias de curvas, pois andar rápido é uma das especialidades da casa. A fabricante diz que o conversível vai do zero aos 100 km/h em 3,6s.
PREÇO DE OCASIÃO
A linhagem que homenageia o estado americano surgiu em 1957, com a 250GT.
Lançada no Brasil no fim do ano passado, a California T é uma das Ferrari mais "em conta": custa R$ 1,85 milhão no mercado nacional.
A potência e o torque só são completamente liberados na sétima e última marcha do câmbio automatizado de dupla embreagem. Isso deixa o carro mais amigável, adequado ao uso frequente. Segunda a montadora, 50% dos donos desse modelo nos EUA o utilizam no dia a dia.
Embora seja a máquina mais "domesticada" da família italiana, a California T mantém o ruído serrilhado que caracteriza uma Ferrari. O desenho também é fiel aos preceitos da marca, sem adereços como aerofólios ou spoilers sobre a carroceria feita basicamente de alumínio.
O equilíbrio dinâmico fica sob a responsabilidade de volumosas grades e reentrâncias, que também são usadas para transferir o ar quente (vindo do sistema que refrigera as turbinas) para a traseira do carro, diminuindo a turbulência.
Seus diminutos assentos traseiros acomodam duas crianças, mas podem servir como um bagageiro -o porta-malas de 340 litros perde 30% de sua capacidade quando a capota rígida está abaixada. Mas é assim, a céu aberto, que a Ferrari California T revela seu melhor.
O maior prazer está realmente em ouvir o ronco do V8 a ecoar pelos barrancos do Napa Valley. E para compensar a culpa ambiental neste cenário exuberante, a Ferrari afirma que o motor turbo é 15% mais econômico que seu antecessor, emitindo 20% menos gás carbônico.
Em um dia como o do teste, a única imperfeição é lembrar o preço da California T no Brasil. São os valores milionários que alimentam o mundo de sonho dos supercarros e mexem com a vaidade.
Esse é um dos motivos que fazem tanta gente conhecida se envolver em problemas judiciais protagonizados por automóveis de alto luxo.
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