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13/12/2015 - 02h00

Liquidação de carros vai de versões populares a modelos de luxo

DE SÃO PAULO

As montadoras divulgam preços sugeridos para seus veículos, mas há oscilações no mercado. A rede concessionária tem liberdade para alterar valores e praticar descontos, que dependem do estoque disponível.

A reportagem simulou cotações para um carro popular novo, o Renault Clio Expression 2016. Em revendas da capital, o valor praticado era o mesmo da tabela da fabricante: R$ 35,9 mil. Já em uma autorizada de Diadema (Grande São Paulo), o preço caía para R$ 34 mil.

Outra forma de conseguir bons descontos é optar por carros modelo 2015. Por exemplo, a Hyundai está oferecendo descontos que variam de R$ 600 a R$ 3.000 para a linha HB20, que pode ser financiada em até 48 vezes.

O motivo é o lançamento da linha 2016, que tem mudanças visuais e mecânicas.Até as montadoras do segmento premium entraram na onda das promoções de fim de ano. A Mercedes-Benz oferece abono de R$ 11 mil para o sedã C180 2016. O preço foi reduzido de R$ 135,9 mil para R$ 124,9 mil.

A BMW oferece taxa zero para planos com entrada de 60% e saldo dividido em 24 parcelas. A fabricante alemã também cobre os custos com documentação.

Na Audi, uma ação especial contempla as últimas unidades em estoque sem repasse de aumento do dólar ou do euro. O A3 Sedan Ambiente teve preço reduzido de R$ 110,9 mil para R$ 94,9 mil, à vista.

Na Jaguar e na Land Rover, a aposta também é no financiamento. Em dezembro, os modelos zero-quilômetro dessas marcas são oferecidos com 50% de entrada e saldo em até 24 parcelas sem juros.

Apesar de a taxa zero ser vantajosa para quem pretende financiar, o consultor Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil, lembra que pode haver uma série de encargos embutidos. "O consumidor precisa ler o contrato e pesquisar as ofertas de crédito em diferentes financeiras", diz.

OPORTUNIDADES

Modelos em busca de espaço no mercado são os que oferecem as maiores vantagens. Um deles é o utilitário compacto Peugeot 2008 (a partir de R$ 67.190), que está sendo oferecido com seis anos de garantia -o dobro do período original.

Bem equipado e com preço competitivo, o modelo vende bem menos que os concorrentes Jeep Renegade e Honda HR-V, líderes do segmento.

"O mercado responde diretamente ao esforço de marketing da montadora. Como consequência dessa decisão de não motivar tanto as vendas de um modelo, o produto não cai no gosto do público, que não o terá na memória no processo de escolha", analisa Arnaldo Brazil, consultor e professor de MBA executivo na FAAP.

LONGE DOS LÍDERES

Há outros exemplos de carros que, apesar de suas qualidades, não conseguem crescer no mercado por não terem o reconhecimento do público. O sedã médio Renault Fluence faz parte dessa lista, pois jamais conseguiu se aproximar dos líderes de seu mercado, dominado por Toyota Corolla, Honda Civic e Nissan Sentra.

Dessa forma, o carro é frequentemente oferecido com descontos. Hoje, seu preço parte de R$ 69.990 na rede Renault, um desconto de R$ 4.500 sobre o valor de tabela.

EMPENHO NA NEGOCIAÇÃO

Alguns carros não sentiram os tremores da crise que abala o mercado automotivo em 2015. Ainda que tenham vendido menos do que poderiam, viraram a referência de produtos que, mesmo em um momento de desaceleração, conseguem levar o consumidor às compras.

Um desses é o sedã Toyota Corolla, que há tempos figura entre os dez mais vendidos do ranking nacional -feito raro para um modelo que custa, em média, R$ 80 mil.

Entre os compactos, só uma reviravolta fará o Chevrolet Onix perder a liderança do mercado neste ano.

Até o fechamento das vendas em novembro, o hatch compacto acumulava 110.845 unidades emplacadas, ante 109.454 do Fiat Palio, que caiu para a segunda posição. Os dados são da Fenabrave (federação nacional dos distribuidores de veículos).

Os utilitários compactos Honda HR-V e Jeep Renegade também têm feito sucesso no Brasil: há fila de espera por algumas versões.

Como esses carros não param nos pátios das concessionárias, é difícil encontrá-los com descontos. Mas isso não impede o consumidor de obter alguns benefícios, como a inclusão de acessórios sem custo adicional, ou conseguir um valor melhor pelo carro dado na troca.

"Muitas concessionárias estão pagando mais no automóvel que entra com parte do pagamento para garantir que o negócio seja fechado. Isso ocorre porque o mercado de novos caiu 25% no acumulado do ano, enquanto o de usados cresceu 4%", diz o consultor Francisco Satkunas.

 

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