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20/12/2015 - 02h00

Jaguar F-Type R leva o título de mais rápido do ano no Ranking Folha-Mauá

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

O som que reverbera na garagem tem notas nostálgicas. Remete ao fim dos anos 1960, pré-crise do petróleo, época em que grandes motores a gasolina despejavam potência sem pudores. É o ronco do Jaguar F-Type R, que acorda para seu dia de testes.

O barulho vem do passado, mas todo o resto é hi-tech. A começar pelas maçanetas externas, que ficam embutidas nas portas e só aparecem após o botão de destravamento ser acionado.

O assento rente ao assoalho e o teto baixo são obstáculos a serem vencidos para entrar na cabine. Após algum contorcionismo, o motorista sente-se recompensado em ver o Jaguar prateado reluzindo no meio do volante.

Uma tela sensível ao toque ocupa o espaço das saídas centrais do ar-condicionado, que foram parar na parte de cima do painel. Ao ligar a refrigeração, elas se erguem automaticamente.

O motorista pode escolher o comportamento do carro. Ao optar pela configuração "Neve/Chuva", o F-Type se adapta a pisos escorregadios, com reações mais contidas. No modo "Dinâmico", os instrumentos ganham contornos em vermelho e o esportivo torna-se ríspido, quase grosseiro.

Essa condição permite andar forte em autódromos, que é o local onde os donos do F-Type R gostam de passear, segundo a Jaguar.

Somente em pista fechada é possível conhecer a alma desse carro e chegar aos números que garantiram o pódio no Ranking Folha-Mauá.

ANIMAL

Embora rápido, o F-Type R não está entre os cinco mais velozes já avaliados. Seu brilho nasce nas sensações e nas reações. O carro parece um animal que se deixa dominar por afeição ao dono, mas faz questão de mostrar que é o mais forte nessa relação.

O poder que emana do F-Type R é herança da era Ford. A Jaguar teve bons e maus momentos durante as duas décadas em que pertenceu aos americanos, e o sonoro 5.0 V8 faz parte das lembranças felizes.

Foi a turma de Detroit que injetou milhões de dólares no desenvolvimento desse motor, na década de 1990.

A configuração aplicada no "Jag" inclui um compressor mecânico, recurso que aumenta o fluxo de ar para dentro dos cilindros e faz a potência chegar aos 550 cv.

É o mesmo motor usado no Range Rover Vogue, mas sem os efeitos sonoros. O barulhão do F-Type nasceu em laboratório, única forma de conciliar o ronco às normas antipoluição em vigor.

Por último, a má notícia: o mais veloz dos modelos Jaguar é vendido por R$ 724,1 mil. Se é muito até para sonhar, vale dizer que a versão V6 (340 cv) custa R$ 300 mil a menos. O estilo é o mesmo, só que sem a selvageria.

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