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03/01/2016 - 02h00

Novo Civic chega em abril para retomar a liderança e o prestígio entre os médios

FERNANDO VALEIKA DE BARROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE LAS VEGAS (EUA)

O novo Honda Civic terá uma importante missão no Brasil. Com estilo redesenhado e opções turbinadas, caberá a ele colocar a marca japonesa de volta à briga no segmento dos sedãs médios.

No país, as vendas do modelo da atual geração desabaram quase pela metade na comparação com o mesmo período em 2013.

O Civic perdeu espaço para o Toyota Corolla, que abriu vantagem de quase três carros vendidos contra um em novembro, segundo dados da Fenabrave (federação dos distribuidores de veículos).

O sedã médio da Honda também sofreu com o sucesso de seus "irmãos", como o HR-V, utilitário compacto que fechou o ano vendendo, em média, 5.000 unidades por mês, quase o dobro do registrado pelo Civic (2.650).

ESPICHADO

A Honda fez um carro novo em folha. A fabricante mudou a plataforma, criou um estilo mais ousado e adicionou itens como o piloto automático inteligente, que reduz a velocidade do sedã caso haja um modelo mais lento à sua frente.

Segundo John Mendel, vice-presidente executivo da Honda Motors na América do Norte, "o resultado foi a mais ambiciosa reestilização da história do Civic".

No pátio da concessionária de Las Vegas, ponto de partida da avaliação, logo chamaram a atenção os faróis dianteiros, que são contornados por LEDs e integrados a uma nova grade frontal cromada.

Para dar um toque mais esportivo ao sedã, seu capô ganhou vincos e ficou mais inclinado. As novas lanternas traseiras incorporaram a forma de bumerangues.

Por dentro, o novo Civic também mudou bastante. Para começar, ficou maior e mais confortável. Na comparação com o modelo atual, cresceu 7,5 cm no comprimento, 5 cm na largura e 3 cm na distância entre eixos. Na versão americana, o porta-malas acomoda 428 litros -73 litros a mais do que o anterior.

Divulgação
Honda Civic 2016 ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Nova versão do Honda Civic, que chega ao país em 2016, tem 4,63 m de comprimento e 2,70 m de distância entre eixos

O freio de mão tradicional foi substituído por um sistema eletrônico acionado por um botão. A mudança liberou espaço extra entre os bancos da frente.

O interior do Civic 2016 também foi completamente redesenhado. Mesmo em versões intermediárias, como a EX-T que foi avaliada, o tecido dos assentos é de boa qualidade. No topo de linha, há bancos revestidos em couro, com aquecimento e regulagens elétricas.

Os destaques da cabine são o novo painel de instrumentos e a tela do multimídia. Além de ser sensível ao toque, aceita comandos por voz e é compatível com smartphones que usam sistemas Android ou Apple.

O desenho mais arrojado do painel foi uma vitória dos projetistas. Pela escolha inicial de alguns dirigentes da Honda, a melhor opção seria o retorno de um estilo mais conservador. No fim, prevaleceu o design futurista, que diferencia o Civic do Corolla.

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Honda Civic LXR 2015 ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM*** ORG XMIT: AGEN1501151738494281
Versão atual do Honda Civic (foto), vendida no Brasil, tem 4,52 m de comprimento e distância entre eixos de 2,67 m

IMPRESSÕES AO VOLANTE REVELAM PERFIL ESPORTIVO

O Civic avaliado trazia o novo motor 1.5 VTEC turbo de 176 cv e câmbio automático CVT. Em um percurso que combinou largas avenidas e um trecho de via expressa, o carro mostrou agilidade e bom fôlego nas retomadas.

De acordo com a Honda, o sedã acelera de zero a 100 km/h em cerca de 7s. Para comparar, o esportivo Civic Si 2.4 (206 cv) que passou pelo teste Folha-Mauá em 2014 cumpriu a prova em 8,3s.

Embora tenha ficado maior, o modelo mantém a forma. Com 1.326 kg, a versão testada tem 10 kg a menos que a equivalente hoje no Brasil.

Os engates automáticos do câmbio ocorrem sem solavancos, mas não há acionamento manual por borboletas no volante ou outro recurso do gênero. Só é possível regular o comportamento em modo esportivo ou econômico, por meio de um botão no console.

RIGIDEZ

O carro mostrou-se estável nos trechos em que foi possível acelerar mais, resultado da combinação de suspensão redesenhada com um chassi 25% mais rígido. A direção elétrica também foi revista e deixou a condução mais direta.

Segundo os números da Honda, o consumo da versão 1.5 turbo com gasolina pura ficou em 13,1 km/l na cidade e 17,6 km/l na estrada.

As médias serão ainda melhores quando a versão 1.0 (129 cv), igualmente turbinada, chegar ao mercado americano. Esse motor também estará disponível no Brasil, mas deverá ficar restrito a modelos menores, como o hatch Fit.

 

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