Executivo da Mercedes fala sobre o mercado nacional de veículos 'premium'

O alemão Holger Marquardt, 51, é o novo executivo incumbido de turbinar as vendas dos carros da Mercedes no Brasil. Vindo da China, onde multiplicou os resultados por dez, ele crê que a crise no mercado brasileiro ficará logo para trás.

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	Holger Marquardt, novo diretor-geral de Automóveis da Mercedes-Benz

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FOLHA - O ano foi bom para a divisão de carros?

HOLGER MARQUARDT - De janeiro a novembro, vendemos cerca de 15,6 mil automóveis, 52,2% a mais do que em 2014. Abrimos dez novas lojas e renovamos outras sete. Chegamos lançando produtos atraentes e teremos novidades em 2016, como o [utilitário de luxo] GLC e o Classe S conversível.

Por que as marcas premium conseguiram melhores resultados do que as generalistas em 2015?

Estamos crescendo em regiões nas quais não tínhamos presença, como Nordeste, Norte e Centro-Oeste. São mercados com alta demanda.

A Mercedes garante que os carros nacionais terão a mesma qualidade dos importados. Como chegar lá?

No começo, estamparia e pintura serão feitas na Alemanha. O motor será importado, montado aqui. Nossos funcionários foram treinados para assimilar os processos de produção da Mercedes.

Alguns foram enviados à planta de Pune, na Índia, que produz o GLA e também é nova, para aprender e multiplicar o conhecimento por aqui. Garanto que os brasileiros comprarão carros com o mesmo padrão de equipamentos e qualidade dos importados.

Haverá um terceiro modelo nacional?

Até 2019, a produção brasileira será exclusivamente de Classe C e GLA. Depois, poderemos ter outras novidades. Esse país gosta de ver as coisas acontecerem rápido.