KTM Duke 390 é nova opção esportiva no segmento de motos compactas
GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Após lançar motocicletas mais caras, a austríaca KTM traz sua linha de entrada para o Brasil. A marca austríaca iniciou a venda das compactas Duke 200 (R$ 15.990) e Duke 390 (R$ 21.990). Ambas são montadas em Manaus, em parceria com a Dafra. Boa parte das peças vem da Índia.
Primeiro projeto global da marca, a "naked" (sem carenagem) 390 oferece freios com ABS e 44 cv de potência.
Para tentar reduzir os custos de manutenção, diversas peças nacionais foram homologadas pela fabricante. Há itens como kit de relação, cabos, eixos e rolamentos, além de diversos partes plásticas.
Entre as concorrentes diretas da KTM estão a Kawasaki Z 300 (R$ 17.990) e a Yamaha R3, que parte de R$ 19.990.
ORIGENS
A Duke 390 não é apimentada por acaso. Sua origem está na esportiva compacta RC 390, que é uma das opções mais potentes de seu segmento na Europa.
A Duke usa um motor monocilíndrico de 375 cm³ e refrigeração a líquido. Seu funcionamento remete às pistas de competição, trabalhando bem em altos giros.
Apesar da vibração, o motor funciona vigoroso a partir de 3.000 rpm (rotações por minuto) e segue crescendo até 10.000 rpm, quando ocorre o corte eletrônico da injeção de gasolina. Esse comportamento elástico é ajudado pela caixa de seis marchas, que tem embreagem leve.
Em relação à ergonomia, a Duke também agrada. Seu guidão é alto, tem esterço razoável e fica bem às mãos. Porém, os contrapesos nas extremidades das manoplas, usados para minimizar as vibrações, são largos e atrapalham um pouco nos corredores estreitos.
O chassi de aço em treliça e a balança traseira feita de alumínio ajudam a reduzir o peso da moto, que tem 150 kg.
O painel iluminado por LEDs agrada por ser bem completo e informar tempo e distância de cada trecho, temperatura da água e marcha engatada. Embora o conta-giros com barras pequenas seja de difícil visualização, a falta é compensada pela lâmpada que pisca indicando que é hora de trocar a marcha.
Já o tanque engana. Ele é bastante bojudo devido à capa plástica com "abas" laterais, por isso parece comportar mais do que os 11 litros de gasolina indicados no manual. Mesmo assim, trata-se de uma capacidade razoável para o segmento.
LARANJA
Os detalhes de estilo seguem o padrão KTM, sem deixar de lado as rodas na cor laranja, que receberam adesivos pretos específicos para o mercado brasileiro.
As linhas da Duke 390 são limpas, mas o acabamento poderia melhorar no plástico com rebarbas dos comandos junto aos punhos.
Ágil e compacta, a moto da KTM podia ter esportividade menos latente em detalhes como o assento duro e as pedaleiras muito recuadas. Esses itens tornam o uso diário mais cansativo.
Entretanto, no conjunto, a Duke cativa pelo desempenho acima da média, característica geralmente reservada às motos maiores.
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