Publicidade
21/02/2016 - 02h00

Fiat Toro passa pelo teste Folha-Mauá

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

Está nas pesquisas de mercado: ao explicar o porquê de optar pelos SUVs compactos, a clientela cita a altura, o porte e a versatilidade entre as principais razões de compra.

São motivos racionais para uma compra emocional: o segmento que mais cresce no mundo é impulsionado por consumidores que vivem longe das estradas de terra, onde os atributos mencionados fariam real diferença. Aí chega a picape Toro e acrescenta mais um item ao pacote de justificativas: a caçamba.

Em equipamentos e dirigibilidade, o utilitário da Fiat lembra os "jipinhos -e até os supera em alguns quesitos. Sua vantagem mais evidente é poder carregar 820 litros de bagagens lá atrás. É três vezes mais que o porta-malas de um Jeep Renegade, seu colega de plataforma.

O ônus é o comprimento total, de 4,91 metros, o mesmo de um sedã Hyundai Azera. A mais nova picape do mercado não é pequena, mas vale lembrar que as médias de outrora cresceram demais.

Uma Chevrolet S10, por exemplo, tem 5,35 m de uma ponta a outra, além de ser 5 cm mais larga que a Toro. Em movimento, essa diferença parece ainda maior.

NO ASFALTO, UM LUXO

A Fiat pensou em uma picape e fez um carro de luxo. A Toro não faz barulho mesmo nas versões a diesel e contorna curvas sem adernar. Embora preparadas para terrenos difíceis, as rivais de maior porte perdem de longe na hora de encarar o asfalto.

Ao combinar suspensão traseira multibraços, tração predominantemente dianteira e longa distância entre-eixos, a Toro atingiu um rodar próximo ao de SUVs de alta classe, como o Land Rover Discovery Sport.

Há bom espaço na cabine, equivalente ao de hatches médios. O ponto negativo são os porta-objetos pequenos tanto nas portas como no console central.

As forrações e o formato dos bancos (iguais aos do Jeep Renegade) reforçam o apelo urbano. A meta não é desbravar trilhas (as versões 4X4 não têm caixa de redução), mas, sim, entregar conforto aos que só precisam de espaço para pessoas e coisas.

A caçamba tem duas portas. Basta acionar um botão para destravar o sistema, que é fácil de manejar.

"Observarmos o mercado desde os anos 1990, quando picapes médias substituíram as grandes e começaram a ser usadas como carros de passeio. Em seguida, esses modelos cresceram em dimensões", diz Carlos Eugênio Dutra, diretor de produto no grupo FCA (Fiat Chrysler).

Os italianos tinham os planos, mas a execução só foi viável após a fusão com os americanos. A experiência no desenvolvimento de utilitários oferecida pelas marcas Dodge e Jeep foram a base para o lançamento da Toro. Já a perfumaria coube à Fiat.

A Toro Volcano que passou pelo teste Folha-Mauá é equipada com motor 2.0 turbodiesel (170 cv) e tração 4X4. Seu desempenho ficou na média do segmento, com destaque para o baixo consumo.

Os principais itens de série da opção avaliada, que custa R$ 116,5 mil, são câmbio automático de nove marchas, ar-condicionado com duas zonas de temperatura, sistema multimídia, rodas aro 17 e controle de estabilidade.

A versão 1.8 flex (139 cv)custa a partir de R$ 76,5 mil com cabine dupla, motor 1.8 flex e câmbio automático de seis marchas. Para comparar, a Chevrolet S10 equivalente mais em conta (2.4 Flexpower) sai por R$ 83.150, com caixa manual.

A principal concorrente direta é a Renault Duster Oroch, que custa menos (a partir de R$ 64 mil), mas não tem versões a diesel nem caixa automática. Ambas têm um objetivo comum: conquistar clientes de outros segmentos.

FICHA TÉCNICA TORO VOLCANO

POTÊNCIA 170 cv a 3.750 rpm
TORQUE 35,7 kgfm a 1.750 rpm
CÂMBIO Automático, nove marchas
PNEUS 225/65 R17
PESO 1.871 kg
PORTA-MALAS 820 litros
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h) 12,4s
RETOMADA (80 km/h a 120 km/h) 8,8s
FRENAGEM (80 km/h a 0) 34 m
CONSUMO URBANO (diesel) 9,8 km/l
CONSUMO RODOVIÁRIO (diesel) 15,3 km/l

 

Publicidade

 

Publicidade

 
Busca

Encontre um veículo





pesquisa
Edição impressa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag