Raros, Accord e Legacy trazem o melhor que Honda e Subaru têm a oferecer

Desde a abertura das importações, nos anos 1990, Honda Accord e Subaru Legacy carregam a fama de carros de luxo, com a qual o preço atual na casa dos R$ 150 mil corrobora.

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	Subaru Legacy (à esq.) e Honda Accord, ambos com motor V6

Raridade nas ruas, ambos servem como vitrine do que as marcas têm de melhor, oferecendo exclusividades que depois irão chegar aos carros mais baratos da marca.

Na linha Honda, só o Accord tem um dispositivo que capta ruídos e vibrações na cabine e os neutraliza com ondas sonoras.

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	Interior do Honda Accord EX

Já na Subaru, só o comprador do Legacy pode se gabar do sistema de áudio Harman/Kardon, tido como um dos melhores do mundo.

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	Interior do Subaru Legacy 3.6R

Vender bem é secundário, como os mostram os números de emplacamentos, inferiores a 200 unidades em 2015 para ambos. O importante é mostrar o poder das marcas.

NA PISTA

Nos números, o Accord superou o Legacy no teste Folha-Mauá. O Honda foi mais rápido consumindo menos combustível, na média.

É uma surpresa, já que o Legacy é mais leve e dotado de tração integral, vantajosa sobre a tração dianteira do rival na hora de tracionar.

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	Honda Accord EX

A explicação está no câmbio. O automático de seis marchas do Honda é mais versátil, garantido rapidez nas trocas quando a pressão no acelerador é forte e suavidade quando se alivia o pé.

O CVT do Legacy é referência em suavidade, mas deve em agilidade. É algo contraditório, pois tudo parece ser voltado à esportividade neste sedã -desde o desenho das rodas até os dois modos de condução esportiva.

Fora da pista, quando itens de conforto ganham destaque, o embate entre os japoneses é equilibrado.

A cabine do Accord é mais envolvente, com bancos largos, volante mais suave ao toque e maior espaço no banco traseiro.

O Legacy dá o troco com assento do motorista com memória eletrônica, sete airbags (contra seis do Accord) e porta-malas mais amplo.

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	Subaru Legacy 3.6R

No fim das contas, a escolha por um ou outro passa menos por uma comparação de adjetivos e mais pela fidelidade dos fãs de cada marca.

JAPÃO X ALEMANHA

É difícil resistir à tentação de comparar Honda Accord e Subaru Legacy com os alemães Audi A3 Sedan e A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C, quarteto que domina o segmento dos automóveis médios de luxo.

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	Honda Accord EX

Os números se sobressaem: em uma faixa de preço que beira os R$ 160 mil, a dupla japonesa é maior, mais potente e mais equipada que os concorrentes europeus.

Contudo, em uma análise mais rigorosa, os sedãs japoneses perdem prestígio diante dos alemães.

Quando a régua está sobre o entreeixos, medida determinante para o espaço disponível no banco de trás, Accord e Subaru ficam em desvantagem. Audi A4 e BMW Série 3 têm 2,81 m entre as rodas da frente e as de trás, enquanto o Classe C esbanja com seus 2,84 m. Os japoneses não ultrapassam a casa dos 2,80m.

V6 OU TURBO

Apesar de mais potentes, os motores V6 da Subaru e da Honda não têm a "mágica" do turbo, que faz os números de consumo dos alemães serem notavelmente superiores.

Com gasolina no tanque, a média combinada (cidade e estrada) de versões 2.0 de A3 Sedan, A4, Série 3 e Classe C no teste Folha-Mauá ficou na casa dos 13 km/l, enquanto que os nipônicos registram cerca de 10 km/l.

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	Subaru Legacy 3.6R

É verdade que o ronco dos motores V6 é mais sedutor e até nostálgico, mas é preciso ser muito entusiasta para não se render à eficiência dos quatro cilindros germânicos.

As listas de equipamentos não são um problema para os japoneses. O Honda tem uma câmera no retrovisor direito para evitar pontos cegos. Quando o motorista aciona a seta para trocar de faixa, as imagens da pista ao lado são exibidas em uma tela no centro do painel.

No Legacy, chaves independentes memorizam as preferências de quem vai assumir o controle. Por exemplo: se um casal divide o carro, basta programar as posições de bancos e espelhos para que tudo se ajuste automaticamente ao abrir as portas.

CONECTIVIDADE

Nas centrais multimídias, ponto para os alemães. Enquanto os dispositivos de Audi, BMW e Mercedes têm dinâmica e visual bem distintos, os equipamentos de Honda e Subaru são muito parecidos, tanto nas limitações (a tela sensível ao toque não é tão sensível) quanto no visual simples. Diante de todo o aparato tecnológico disponível no Japão, esperava-se mais.