De cronômetro a GPS, avaliações Folha-Mauá progrediram junto com os carros
RENATO ROMIO
ESPECIAL PARA A FOLHA
No início de 1996, o Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia e a Folha iniciaram a parceria para a realização de testes de desempenho dos veículos.
Essas avaliações permitiram aos técnicos envolvidos acompanhar de perto os avanços tecnológicos de todos os carros lançados a partir daquele momento.
Os últimos 20 anos trouxeram transformações em segurança, eficiência energética, nível de emissões, quantidade de itens de eletrônica embarcada, entre outras.
No mesmo ano, o airbag chegou aos carros nacionais; nos importados, já existia há muitos anos. Novos sistemas surgiram e as siglas proliferaram: EBD, ESP, ASR etc.
Os equipamentos utilizados pelo centro -que está completando 50 anos- também evoluíram.
No início, os testes utilizavam o marcador do veículo testado para aferir a velocidade, a partir de marcações na pista. O cronômetro manual ajudava a determinar o desempenho do modelo.
No fim de 1996, um sistema óptico passou a ser usado para registrar velocidade, aceleração e deslocamento. O equipamento determinava os valores por meio de cálculos que envolvem a reflexão, no pavimento, da luz emitida pelo próprio aparelho.
Atualmente, os testes utilizam GPS e há preparativos para iniciar ensaios com veículos 100% elétricos. Ainda há um longo caminho de inovação pela frente. Assim, será possível fazer outra avaliação daqui a 20 anos.
Renato Romio é Chefe da Divisão de Motores e Veículos do Centro de Pesquisas do Instituto Mauá de Tecnologia
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