Publicidade
01/05/2016 - 02h00

Salão de Pequim exibe evolução do carro chinês, cópias e lançamentos globais

RODRIGO MORA
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM

O mesmo exercício mental é repetido várias vezes no Salão de Pequim. Parado em frente de algum automóvel produzido por marca chinesa, o visitante tenta identificar de onde saiu a inspiração.

A silhueta e as lanternas são de Audi Q3, mas a frente tem faróis e grade à moda Citroën. Assim é o utilitário Zotye SR7. A Brilliance tenta disfarçar, mas até a cor do seu V5 remete ao BMW X1. Vale dizer que as empresas dividem a linha de produção.

O Salão deixa evidente que a indústria local ainda não tem identidade visual própria. Em quase todos os modelos chineses expostos, se reconhece ora o traço de um Hyundai aqui, o de um Volvo ali ou o de um Audi acolá. A marca alemã, aliás, parece ser a grande referência para os chineses atualmente.

Mas há o outro lado: são empresas ocidentais e japonesas que dominam o mercado e obtém por lá resultados muito superiores aos obtidos em suas matrizes.

O que está sendo exibido em Pequim até o próximo domingo é o meio de um caminho, e há indicações de um futuro mais original. Em um dos estandes, o Gaic GA8 surge como um sedã luxuoso de visual bem resolvido.

Mas aos olhos dos ocidentais, o que chama a atenção são cópias bizarras como o Baic BJ40, uma leitura do que seria um Jeep Wrangler com grade de Grand Cherokee.

Se a inspiração em marcas consagradas incomoda os estrangeiros, para o chinês ela representa a capacidade da ainda incipiente indústria local de fazer algo parecido com o que há de melhor.

Os carros produzidos por lá ainda estão aquém dos japoneses, americanos e europeus, mas nota-se a evolução.

Como as marcas ocidentais japonesas precisam se associar ao governo e a montadoras locais para poder produzir, as marcas chinesas vão aprendendo na prática, sem se importar com padrões além de suas fronteiras.

Na BYD, um carro exibe no logotipo estampado na grade o nome que se consegue ler no Ocidente. Ao lado, o mesmo modelo traz o ideograma em mandarim.

Isso revela que as montadoras querem outros mercados -como o brasileiro-, mas atender ao público interno ainda é prioridade.

É o mesmo que se vê em pontos turísticos como a Grande Muralha e a Cidade Proibida, onde a maioria dos turistas é de origem local. Lá e no mundo automotivo, a China ainda está se descobrindo.
longos e esportivos

No estande da Mercedes, o utilitário GLC Coupé é novidade. Contudo, quem atrai mais curiosos é o Classe E com entreeixos alongado. A mesma atenção recebe o Audi A4 L e o Jaguar XF L.

Nas ruas, a preferência chinesa é confirmada: nove entre dez sedãs de luxo tem carroceria "esticada".

O ocidente também marcou presença entre os esportivos. A Porsche revelou o novo 718 Cayman, com motores turbo de quatro cilindros e potência de até 350 cv. O modelo será rival do TT RS. A estreia da Audi no Salão de Pequim chega nas versões cupê e cabriolet, com 400 cv.

Viagem a convite da Lifan Motors

 

Publicidade

 

Publicidade

 
Busca

Encontre um veículo





pesquisa
Edição impressa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag