Vendas de carros de luxo devem cair 20% em 2016, diz presidente da BMW Brasil

Presidente da BMW do Brasil há três meses, o português Helder Boavida, 53, prevê um segundo semestre difícil para o segmento premium.

O executivo, no entanto, mostra otimismo com o mercado de motos. "Maior exemplo disso foi a decisão de investir em uma fábrica própria em Manaus", diz.

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	Helder Boavida, presidente da BMW Brasil

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Folha - Após a mudança de governo e toda sua estrutura político-econômica, qual a previsão que o senhor faz para o mercado de automóveis de luxo em 2016?

Helder Boavida - Não há dúvida de que 2016 é um ano desafiador para o mercado automotivo como um todo.

O segmento premium, especificamente, registrou queda nas vendas nesses cinco primeiros meses do ano (em comparação com o mesmo período de 2015), e imagino que feche o ano com retração de 15% a 20%.

E quanto ao cenário das motocicletas de luxo?

O segmento de motocicletas premium (acima de 500 cc) também está sofrendo, tendo registrado retração de cerca de 15% até o momento, em comparação com 2015.

A BMW Motorrad mantém nesse momento o mesmo patamar de vendas registrado no ano anterior. Isso se deve ao nosso portfólio competitivo de produtos e à qualificação e abrangência de nossa rede de concessionários.

Apesar das adversidades, temos expectativas positivas. Maior exemplo disso foi a decisão de investir em uma fábrica própria em Manaus, onde será produzida a G 310 R, primeira moto da BMW Motorrad abaixo de 500 cc.

A liderança no mercado nacional é prioridade para a marca?

Embora muito importante, a participação de mercado não pode ser o único referencial para indicar liderança. Admiração de marca e inovação, entre outros, são fundamentais para o crescimento sustentável.