Honda começa a montar no Brasil scooter de origem italiana
GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O segmento de scooters foi o que menos sentiu o peso da queda nas vendas de motocicletas no Brasil. Práticos para o cotidiano e fáceis de pilotar, esses modelos têm apelo junto ao público feminino e sempre fizeram sucesso no mercado europeu -o que justifica a origem italiana do Honda SH 300i.
Nacionalizada, a motoneta disponível nas concessionárias custa R$ 23,6 mil.
A sigla SH remete a Smart Honda (Honda inteligente) e define o scooter. O modelo é equipado com freios ABS (que evitam o travamento das rodas em situações de emergência) e iluminação por LEDs. Outra bossa é a chave presencial, que não precisa ser inserida no contato para ligar o motor: basta apertar um botão.
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Espaço com capacidade de 16 litros abaixo do assento |
De visual simples, a motoneta vem com rodas grandes (de 16 polegadas) e pneus largos. Essa combinação garante conforto no uso urbano, suportando bem as irregularidades do piso.
O assoalho permite proteção extra para as pernas e também a opção de transportar pequenas bagagens.
Dono de um assento alto (80,5 centímetros de distância do solo), o 300i acomoda melhor os pilotos que medem a partir de 1,70 m.
O banco é largo e tem bastante espuma, além de trazer um limitador que divide o espaço do garupa.
Com previsão de vendas modestas -na casa de 1.500 unidades ao ano-, o scooter acompanha três anos de garantia e sete trocas de óleo sem custo. As cores disponíveis são cinza metálico e branco fosco perolizado.
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Honda SH 300i durante teste em São Paulo |
DESEMPENHO
A transmissão automática, do tipo CVT, mostra-se suave e afinada com o motor de 279 cm³. Os freios são eficientes, com um disco em cada eixo (256 mm e 240 mm, dianteiro e traseiro, respectivamente). No piso molhado, o sistema ABS se saiu bem.
Com torque máximo que aparece cedo e 24,9 cv de potência, as acelerações e retomadas são vigorosas. Pesando 162 quilos, o 300i tem desempenho que chega a sobrar no uso urbano.
Por ser estreito, o modelo passa fácil entre os carros. Dá até para encarar estradas: o scooter consegue manter velocidades de cruzeiro entre 100 km/h e 120 km/h.
O painel informa temperatura do líquido de arrefecimento, médias de consumo e distância percorrida, mas lhe falta um conta-giros.
Em relação aos nichos, há um pequeno porta-objetos do lado esquerdo do painel, além de gancho frontal para pendurar sacolas.
O espaço abaixo do assento, que merecia uma luz de cortesia, tem capacidade de 16 litros, o que permite acomodar um capacete fechado. Oferece, ainda, tomada 12V e uma divisória para carregar o celular enquanto se roda.
Já o assoalho plano não é dos mais amplos, o que impede maior movimentação de pés e pernas.
CONCORRÊNCIA
O principal concorrente do 300i é o modelo Citycom 300, da Dafra. A nova opção Sport, de 27,8 cv, custa R$ 18.990, R$ 1.100 a mais que a versão comum, de 23 cv.
O QUE HÁ DE BOM
- Farol tem iluminação por LEDs, que emitem um facho azul vibrante. Esse tipo de lâmpada está presente também em feixes de luz diurna.
- Há um pequeno porta-objetos do lado esquerdo do painel, além de gancho frontal para pendurar bolsas ou sacolas de compras.
- Acabamento e materiais são bem cuidados, a exemplo dos filetes cromados na dianteira e nas laterais.
O QUE PODE MELHORAR
- Painel ficou devendo o conta-giros. Já o espaço abaixo do assento merecia uma luz de cortesia.
- O assoalho plano não é dos mais amplos, o que impede maior movimentação dos pés e das pernas.
- O para-brisa, apesar de cumprir sua função, fica muito próximo do capacete, o que pode causar raspadas incômodas. É possível retirá-lo na loja.
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