Catalisadores desafiam a lei
ROSANGELA MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Trocar o catalisador é um dos maiores transtornos para o motorista: custa caro e é preciso atenção para adquiri-lo no mercado paralelo, por conta das falsificações. A peça é responsável pela conversão de gases tóxicos em compostos menos poluentes.
Alessandro Shinoda/Folhapress |
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Funcionário troca catalisador em Audi A4 |
Marcos Papandrea, dono da Ica Scape, centro automotivo especializado em escapamentos, conta que os consumidores desconhecem que, desde abril, os catalisadores novos devem ter o selo do Inmetro gravado na carcaça e também na embalagem.
Pela legislação, as oficinas e lojas de autopeças só podem comercializar o componente que tenha a aprovação do instituto de metrologia. "A intenção é que o consumidor evite adquirir peças falsas e sem eficiência", diz Henry Grosskopf, gerente engenharia de produto da Tuper Escapamentos e Catalisadores.
O catalisador é obrigatório desde 1997 e sua eficiência é avaliada na inspeção ambiental veicular. A eliminação dessa peça deixa o dono do carro sujeito a punição prevista no código de trânsito. É infração grave, com multa de R$ 127,69 e perda de cinco pontos na carteira.
Segundo Juliano Alves, diretor de pesquisa e desenvolvimento da unidade de sistemas de exaustão da Magneti Marelli, a vida útil de um catalisador original é estimada em 80 mil km. Ele reconhece que é um componente caro devido à utilização de materiais nobres na construção.
DESGASTE
A forma de condução do veículo, a má qualidade do combustível, raspões, batidas e choques térmicos influem diretamente no desgaste precoce do catalisador.
"Perda de potência, motor desregulado, aumento no consumo, vibração interna e ruído excessivo podem ser sinais de que o componente está danificado", conta.
Basta erguer o carro no elevador da oficina e vistoriar a peça para perceber se há marcas de batidas ou fissuras.
Alessandro Shinoda/Folhapress |
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Catalisador certificado (à esq.) e o falsificado com feltro |
Em uma análise dos gases emitidos, feita por profissionais especializados, é possível checar se a peça perdeu eficiência. Se isso ocorrer, o catalisador deverá ser trocado, nunca recondicionado.
As opções são comprar o componente original em uma autorizada (o preço médio é de R$ 800 para um carro "popular") ou adquirir um modelo universal com a certificação do Inmetro, disponível no mercado paralelo.
Vai custar cerca de R$ 400 e terá garantia de, no mínimo, 40 mil km. É importante saber que cada veículo exige um catalisador próprio para seu volume de emissões.
O catalisador usado pode ser reciclado, mas oficinas mal intencionadas aproveitam a carcaça metálica, adulteram o interior e vendem a peça como nova ou recondicionada. A carcaça é preenchida com lã de vidro e um cano para evitar a ressonância. Apesar da aparência de nova, a falsa não tem função.
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