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16/09/2012 - 06h20

Empresas aceleram seleção para "reservar" os talentos

FELIPE MAIA
DE SÃO PAULO

Na hora de contratar estagiários, grandes empresas estão travando uma espécie de luta contra o relógio.

A P&G (Procter & Gamble) implantou um programa em que a seleção de candidatos é feita em 48 horas --em cidades menores, a bateria de provas e entrevistas pode ser realizada em apenas um dia.

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Os aprovados saem da maratona com uma carta de trabalho assinada, mas podem ser chamados para trabalhar meses depois.

Thaís Simão, gerente de RH da companhia, diz que o objetivo é garantir os melhores candidatos antes dos concorrentes. "Nós não temos o processo seletivo ao mesmo tempo que as outras, então eu consigo garantir que todos os departamentos terão bons candidatos", afirma.

"É melhor porque você não fica dois meses na angústia de esperar pela resposta", afirma o estagiário Helder Lima, 23, que foi contratado em um processo relâmpago.

Simon Plestenjak/Folhapress
Helder Lima, 23, foi contratado em processo-relâmpago, em que toda a seleção é feita em 48 horas
Helder Lima, 23, foi contratado em processo-relâmpago, em que toda a seleção é feita em 48 horas

Para atrair alunos para a área financeira, o Citibank criou neste ano um programa de estágio de férias, que dura 30 dias, direcionado a alunos que estão no primeiro ou segundo ano da faculdade. Nesse período, eles passam por uma área diferente do banco a cada dois dias.

"A ideia é atrair os alunos quando eles ainda não estão pensando em estágio", destaca Andréa Aikawa, superintendente de recursos humanos da instituição. "Depois, eles vão lembrar da gente."

SELEÇÃO IMEDIATA

Já a IBM usa a própria estrutura das universidades para iniciar seu processo de seleção. O estudante de administração Rodrigo Alves de Oliveira, 21, fez a primeira prova do concurso para estágio logo depois de uma palestra de profissionais da empresa na sua universidade.

"A palestrante queria que os olhos dos jovens brilhassem pela empresa", conta Oliveira, um dos selecionados.

Manoela Costa, da empresa de recrutamento Page Talent, diz que os alunos devem aproveitar contatos com profissionais, mesmo que não existam vagas em disputa.

A ideia é que o aluno seja o entrevistador. É indicado, por exemplo, analisar o perfil dos representantes das empresas e descobrir se eles são mais formais ou informais, para saber se o aluno se encaixaria no ambiente.

"Seja curioso, pergunte sobre o perfil dos funcionários, o que a empresa faz e o que é importante para trabalhar ali", recomenda Costa.

Carolina Daffara/Editoria de Arte
 

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