Acusado de roubo, ex-motorista ganha R$ 30 mil de empresa que produz Coca-Cola

Um ex-motorista da Norsa Refrigerantes Ltda., que fabrica a Coca-Cola, ganhou R$ 30 mil em um processo no TST (Tribunal Superior do Trabalho) por ter sido exposto à chacota de colegas depois que um inspetor fixou, em um mural, uma lista com nomes de devedores de dinheiro referente a produtos que haviam desaparecido.

Evangélico ganha indenização da Ambev após festas com prostitutas
Empresas negam xeretar Facebook de candidatos a emprego

O profissional alegou que a empresa, por presunção, duvidou da sua honra, moral e dignidade, o que lhe causou constrangimento.

A empresa começou descontar valores dos salários dos motoristas alegando que mercadorias transportadas por eles teriam desaparecido.

O autor da ação trabalhista diz que nunca soube se a mercadoria realmente sumira, porque recebia o caminhão carregado e ele não podia conferir o material que transportava. Por medo de ser demitido, ele nunca questionou os descontos no salário.

A vara do trabalho de Mossoró (CE) condenou a empresa a pagar indenização de R$ 30 mil.

A Norsa recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho (RN), que manteve a sentença. A empresa, então, apelou ao TST, que manteve a decisão nesta semana.

Procurada, a companhia enviou uma nota a respeito do caso: "A Norsa Refrigerantes Ltda esclarece que o fato relatado no processo não representa uma prática da empresa, tratando-se de um fato isolado que não era do conhecimento da Direção. A Norsa possui políticas claras que reconhecem e valorizam os direitos dos trabalhadores, tendo como compromisso promover uma relação de respeito mútuo e um ambiente de trabalho saudável para todos".