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28/10/2012 - 04h55

Bom chefe é mais importante do que alto salário, diz pesquisa

REINALDO CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ter um salário dos sonhos é uma meta para muitas pessoas. Mas e quando isso vem junto com um chefe horrível, vale a pena? Uma pesquisa feita nos EUA mostra que um chefe legal é mais importante. Os dados mostraram que 65% dos entrevistados preferem um chefe melhor para serem mais felizes e 35% optam por um aumento de salário.

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A autora da pesquisa é a psicóloga e escritora Michelle McQuaid, especializada em intervenções em ambientes de trabalho. Foram entrevistados mil trabalhadores norte-americanos de diferentes classes sociais. "As pessoas afirmaram que um mau líder, principalmente, atrapalha o desempenho profissional, prejudica a saúde e colabora para aumentar problemas nos relacionamentos", afirma, em entrevista à Folha.

Michelle McQuaid/Divulgação
Michelle McQuaid, autora da pesquisa, dá dicas de como lidar com um mau gestor
Michelle McQuaid, autora da pesquisa, dá dicas de como lidar com um mau gestor

As características mais comuns de chefes ruins foram divididas por Michelle em cinco tipos. A campeã, para 33% das pessoas, foi o chefe "mala", descrito como altamente imprevisível, amando o que você faz em um dia e odiando no próximo. Os outros defeitos foram autoritário (25%) ou preguiçoso (18%), narcisista (15%) e o intimidador (9%).

O levantamento também mostrou que 64% dos entrevistados não estão felizes com seus chefes. Sobre esse percentual tão alto, Michele afirma não concordar que seja apenas por causa da crise financeira mundial. "Ao longo dos últimos 50 anos, pesquisadores mostram que três em cada quatro pessoas relatam que seu chefe é a parte mais estressante do seu trabalho.

Portanto, essa situação vem muito antes da crise. "Mas eu acho sim que nos últimos anos os funcionários se sentem mais presos em seus empregos. E essa situação é similar em vários países", comenta.

Segundo o Instituto Gallup, essas condições ruins de relações entre patrão e subordinados nos EUA representam US$ 360 bilhões de dólares por ano em perda de produtividade.

O QUE FAZER

Com tantos maus chefes no mercado, às vezes a opção de mudar de emprego nem sempre é fácil. A especialista afirma que há modos de administrar a convivência com um mau patrão, mas o limite para cada um é individual. Uma das técnicas é criar "solavancos de alegria", ou seja, achar alguns momentos no dia de trabalho para sorrir, seja ouvindo uma música, contando uma piada ou vendo um vídeo.

Outra dica é que o trabalhador deve procurar conhecer e usar mais seus pontos fortes no dia a dia de trabalho para desempenhar suas funções com mais alegria e confiança. Também é importante cultivar bons relacionamentos com os colegas de trabalho. Um almoço semanal, uma caminhada ou um jantar mensal ajudam a se afastar de uma solidão no ambiente de trabalho que muitas vezes um mau chefe colabora.

E, se a situação está incontornável, uma conversa com o chefe ruim é sim recomendada. Mas Michelle orienta que o funcionário deve estar preparado. "Controle os medos, que só trazem os piores comportamentos. Pense em propor uma mudança ganha-ganha, isto é, uma condição nova no trabalho que ajude tanto o funcionário como o patrão. E procure ter uma conversa leve, com bom humor, sem agressões", diz.

 

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