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20/01/2013 - 06h56

Especialista indica formas para sair do nível intermediário em um idioma

REINALDO CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Atualizado às 14h27.

Ir além do idioma nativo e ter fluência em outra língua é um pré-requisito para diversos profissionais. Os caminhos para atingir isso são diferentes, mas as características comuns são sempre a dedicação do aluno e seu foco.

Victor Moriyama/Folhapress
Daiana Sousa fez um intercâmbio em Chicago para aperfeiçoar seu inglês
Daiana Sousa fez um intercâmbio em Chicago para aperfeiçoar seu inglês

E o mercado de trabalho demanda muito esse esforço. Pesquisas mostram que a fluência do brasileiro no inglês é precária. A consultoria Michael Page aponta que a média nacional de executivos fluentes no Brasil é de 37%. O levantamento foi feito com 3.000 profissionais no país. Na América Latina, o México é o país que tem maior percentual de executivos fluentes (52%).

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O governo federal tem a meta de que 101 mil brasileiros tenham bolsas para estudar no exterior no programa Ciência sem Fronteiras até 2015. O ministro Aloizio Mercadante admitiu que a fluência em outra língua é uma grande barreira para o acesso ao programa.

MÉTODOS
Nivia Marcello, do Centro Interdepartamental de Línguas da FFLCH-USP, lista métodos como intercâmbios, aulas particulares e cursos específicos para categorias profissionais como formas de superar o estágio intermediário.

Editoria de Arte/Folhapress

A escolha depende da disponibilidade de tempo e dinheiro do aluno e do tipo de vocabulário necessário (formal, informal ou técnico). Segundo Marcello, para atingir a fluência o profissional deve transformar o uso de uma nova língua em um hábito.

A executiva de contas de vendas Daiana Sousa, 25, participou de um curso de intercâmbio em Chicago. "No ambiente de trabalho já usava o inglês para falar com clientes, mas precisava de mais confiança e vocabulário."

Por US$ 1.900 (R$ 3.800), Sousa viveu por um mês imersa no novo idioma. "Foi muito bom ser forçada a parar de usar o português. Dividi meu quarto com quatro estrangeiras e toda nossa comunicação era em inglês."

Luciano Timm, diretor de marketing da escola EF (Education First), afirma que a busca dos brasileiros por cursos de imersão cresceu 147% nos últimos sete anos por causa da valorização do real e da busca profissional por conhecimento multicultural.

Outra forma de atingir a fluência são os cursos específicos para profissionais. Há opções para áreas como RH, finanças e direito.
A diretora da English Excellence, Weruska Abadie, diz que os cursos têm duração média de um ano, com aulas até cinco vezes por semana e o uso de livros, vídeos e treino de pronunciação.

No caso da fonoaudióloga Alessandra Bigal Gaspari, 29, a fluência foi atingida após um ano em um curso personalizado com aulas de uma hora e meia por semana. Também recebeu uma rotina de estudos em casa, com vídeos e revistas. "Já atendo pacientes estrangeiros."

Karime Xavier/Folhapress
Alessandra é fonoaudióloga e demorou um ano para sair do nível intermediário para o avançado em inglês com aulas específicas
Alessandra é fonoaudióloga e demorou um ano para sair do nível intermediário para o avançado em inglês com aulas específicas

Para a especialista da USP, estabelecer uma meta, como realizar um exame de proficiência, é uma boa estratégia para progredir no idioma.

PERSISTÊNCIA
Rosângela Piloto, que há 30 anos ensina idiomas de forma particular em casas e empresas, explica que o aprendizado de uma língua no estágio inicial sempre tem um progresso rápido, mas em um nível intermediário as dificuldades são maiores. "Costumo comparar com um atleta profissional. Para melhorar milésimos de segundos é necessário um esforço grande. Para atingir a fluência ocorre o mesmo e, infelizmente, muitos desistem."

Ainda segundo Piloto, a maioria dos alunos que busca aulas particulares tem a preocupação de falar melhor, mas há casos em que eles almejam uma escrita sem erros -por exemplo, profissionais que escrevem relatórios.

Karime Xavier/Folhapress
Verônica Berkenbrock (à esq.) e Rosângela Piloto durante aula de inglês particular
Verônica Berkenbrock (à esq.) e Rosângela Piloto durante aula de inglês particular

A engenheira Verônica Berkenbrock, 27, começou a fazer aulas particulares há três anos porque trabalha em uma multinacional de telecomunicações e queria aulas personalizadas. "Não tem a pressão de passar a matéria. Ela me corrige a qualquer momento sobre expressões."

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