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19/03/2013 - 12h01

Idade de candidato é importante para quase 60% das empresas, diz estudo

DE SÃO PAULO

Para 58% das empresas brasileiras, a idade do candidato é um fator relevante no processo seletivo para uma vaga de emprego. A informação é de uma pesquisa realizada pela consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers) e a Fundação Getulio Vargas, que indica que "indivíduos mais jovens levam vantagem sobre os mais velhos na hora da contratação".

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Para 94% das empresas, transmissão de conhecimentos é o aspecto positivo de contratar profissionais mais velhos
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Uma das conclusões do relatório é a de que "os profissionais mais velhos ainda não são vistos como uma alternativa para o apagão de talentos" --63% das companhias afirmam que não veem esse tipo de contratação como forma de suprir a escassez de profissionais, um problema sempre apontado como entrave para o desenvolvimento dos negócios no Brasil.

O estudo, que abrange 108 companhias, sendo 36% de grande porte, com faturamento superior a R$ 300 milhões por ano, indica que ainda faltam nas empresas políticas para a contratação de profissionais acima dos 45 anos.

"Não há base científica que comprove a redução da produtividade do profissional mais velho. O que precisamos é de uma gestão capaz de aproveitar o que esse profissional tem de melhor, que é experiência e conhecimento", diz, em nota, João Lins, sócio da PwC Brasil e um dos responsáveis pelo levantamento.

A pesquisa indica que 83% das companhias não possuem práticas de integração para profissionais de diferentes gerações. Em 45% das empresas não há, por exemplo, atividades de treinamento e desenvolvimento para pessoas de diferentes idades e em 50% delas inexistem programas de mentoria para esses funcionários. Esse tipo de iniciativa é tido como importante para manter e motivar profissionais dessas faixas etárias.

Entretanto, esse tipo de medida deve ser cada mais necessária no Brasil. Dados da PwC indicam que, em 2040, 57% da força de trabalho no país será composta por pessoas de mais de 45 anos. "A mudança demográfica no Brasil é um dado concreto e não há como ignorar seus efeitos no mercado de trabalho. Já na próxima década será possível perceber esse novo desenho mais claramente", afirma Lins.

O levantamento também indica um certo preconceito das empresas com funcionários mais velhos: 96% delas afirmaram que eles são "menos flexíveis e adaptáveis às mudanças" e que 80% dizem acreditar "que eles têm dificuldade de lidar com novas tecnologias". 63% das companhias entendem que "profissionais mais velhos já estão acomodados em decorrência da proximidade com a aposentadoria".

Isso apesar de, por exemplo, pessoas mais de mais de 60 anos serem vistas como mais equilibrados emocionalmente por 96% dos entrevistados e melhores em solucionar problemas por 86% deles.

"Além de tomarem providências para a contratação em tal faixa de idade, as empresas devem se adaptar para extrair o melhor de tais profissionais, oferecendo planos de carreira diferenciados e investimento na qualidade de vida deste grupo", afirmam os responsáveis pelo estudo.

 

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