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09/06/2013 - 00h11

Hospitais buscam médicos para urgência e negócios

ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Brasil tem hoje mais vagas de primeiro emprego para médicos do que profissionais formando-se na universidade nessa área.

Dados do Censo da Educação Superior do Inep (órgão ligado ao Ministério da Educação e responsável por avaliações de ensino) e da Relação Anual de Informações Sociais indicam que, em 2011, os 12.982 médicos recém-formados no Brasil tinham à disposição 18.722 vagas de primeiro emprego (taxa de 1,44 vaga por profissional). Em 1994, o índice era de 0,76.

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"O que se observa é a melhoria na empregabilidade da categoria, formalização do trabalho e quase inexistência de desemprego", diz o Ministério da Saúde, em nota.

De acordo com Francisco Balestrin, presidente do conselho de administração da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), a procura por médicos é generalizada, mas existe uma forte demanda principalmente por profissionais com formação no atendimento de urgências e plantonistas de pronto-socorro (de áreas como cirurgia, clínica geral e neurologia). Esses profissionais ganham entre R$ 1.500 e R$ 2.000 em um plantão de 24 horas.

Isso acontece pelo maior acesso da população a planos de saúde e, consequentemente, a hospitais privados.

O número de atendimentos nessas instituições cresce entre 10% a 15% ao ano, segundo a Anahp.

Como muitos desses atendimentos exigem a realização de exames, outra área com busca intensa por profissionais é a radiologia.

"Nego propostas de emprego o tempo todo. A procura é feita por e-mail e também em eventos e congressos", diz a médica radiologista Ingrid Aguiar Littig, 29, que tem o título de especialista há apenas um ano e meio. Ela trabalha no grupo Fleury fazendo diagnósticos por ultrassom.

Deco Cury/Folhapress
Ingrid Littig, médica radiologista
Ingrid Littig, médica radiologista

De acordo com Emerson Gasparetto, diretor-executivo do grupo Dasa, dono de laboratórios como Lavoisier, há uma carência preocupante de radiologistas no Brasil -especialmente de ultrassonografistas.

NEGÓCIOS
Outra demanda dos hospitais hoje é por especialistas em gestão, para postos administrativos e de comando.

Raphael Revert, gerente da área de saúde da consultoria Michael Page, afirma que o setor procura médicos com conhecimentos de gestão, administração ou finanças. Ele recomenda que o profissional que queira trabalhar na área administrativa de um hospital faça MBAs e cursos de pós-gradução (há modalidades específicas em gestão hospitalar).

Já para os que são formados em administração, é recomendável que adquiram algum conhecimento na área de saúde.

"Para entrar nessa área, é preciso ter sensibilidade. O administrador não pode se esquecer de que seu cliente é também um paciente -ele está lidando com vidas."

Para ele, é justamente por causa da "visão humana" dos profissionais da saúde que os hospitais privados tendem a preferir um médico a um administrador em cargos de comando. Mas há cada vez mais espaço para administradores entrarem no segmento.

"O mercado vem se profissionalizando muito e permitindo essa abertura", diz Thiago Medeiros, gerente da consultoria Manpower.

A carreira é atrativa -um administrador de um hospital particular de grande porte ganha cerca de R$ 45 mil por mês. Caso seja uma clínica menor, o salário é de aproximadamente R$ 20 mil.

ONDE ESTUDAR
MEDICINA
Universidade de São Paulo
Vestibular 24/11
Mensalidade gratuita

Universidade Estadual Paulista
Vestibular 17/11
Mensalidade gratuita

MBA em Gestão de saúde Insper/Einstein
Vestibular até 9/7
Mensalidade R$ 1.653

QUEM EU PROCURO

Divulgação
Claudio Luiz Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein
Claudio Luiz Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein

Busco profissionais que mesclem competência técnica, caráter, compromisso ético, estratégico e operacional. Além disso, é importante que enxerguem a oportunidade como uma carreira e não meramente como um emprego.
Claudio Luiz Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein

 

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