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30/06/2013 - 01h21

Confira como obter certificação de proficiência para estudar em países como França, Espanha e China

ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O número de candidatos brasileiros que fizeram as provas Delf e Dalf, de proficiência do francês, mais do que dobrou em sete anos: de 1.380 candidatos em 2005 para 3.050 em 2012, segundo a Aliança Francesa, que aplica os exames, exigidos por universidades francesas.

Cada vez mais brasileiros vão para o exterior para estudar -e essa migração é refletida nos exames de proficiência de outros idiomas.

Falta de proficiência em idiomas faz estudantes perderem bolsas de estudo
Controlar o tempo de prova é desafio
Escolher prova adequada ajuda elevar nota

A professora de português Regina Cibele de Oliveira, 27, é uma das que está se preparando para o Delf (nível B1, considerado intermediário).

Ela estuda letras e quer terminar a faculdade e entrar direto em um "mestrado-sanduíche" Brasil/França.

Karime Xavier/Folhapress
Regina Cibele de Oliveira estuda francês porque quer fazer um mestrado sanduíche
Regina Cibele de Oliveira estuda francês porque quer fazer um mestrado sanduíche

Além de estar fazendo um curso preparatório específico para o teste, Oliveira montou, na faculdade, um grupo de conversação. Eles se encontram uma vez por semana e praticam o idioma. "Também leio muito em francês".

Katia Sanson, coordenadora da Aliança Francesa, explica que o programa Ciência sem Fronteiras e entidades como a Capes e o CNPq exigem uma prova de proficiência em francês, mais simples, para a concessão de bolsas de estudo. A diferença é que esse certificado é temporário -enquanto os diplomas Delf (mais básico) e Dalf (avançado) são permanentes.

COLAR CHINÊS
A escultora Luísa Brandão, 54, criou um método inusitado para aprender o mandarim: um "rosário idiomático". Trata-se de um colar com cem bolas usado para decorar novos termos. "Depois de repetir cem vezes, você memoriza a palavra, não tem jeito."

A técnica parece funcionar. Brandão fez em março o exame HSK (que comprova proficiência no mandarim) e tirou 95 em 100. Ela pensa em, futuramente, fazer uma pós-graduação na China.

O HSK é o certificado oficial pedido por universidades chinesas e por instituições brasileiras -em São Paulo, a prova é aplicada pela Chinbra. De acordo com Alexandre Qi, diretor da escola, é crescente o interesse pelo mandarim no Brasil. "Há dez anos, apenas empresários estudavam o idioma. Hoje, temos alunos do ensino fundamental e do médio."

No caso do espanhol, tanto universidades quanto instituições e programas brasileiros pedem a mesma prova -o Dele (Diplomas de Español como Lengua Extranjera). O teste é aplicado em diversas escolas de São Paulo.

Em 2012, 5.047 brasileiros prestaram o exame, de acordo com o Instituto Cervantes.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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