Especialização em políticas públicas atrai 'elite' de servidores
HELOISA BRENHA
DE SÃO PAULO
Logo que Liliane Varanda, 29, começou a trabalhar, percebeu que precisaria de um preparo mais específico para dar conta das demandas de sua organização, que tem aproximadamente 570 mil funcionários e uma receita de quase R$ 178 bilhões –o Estado de São Paulo.
"Senti a necessidade de mais conhecimento em direito administrativo para entender as ferramentas de orçamento e saber como firmar parcerias", conta.
- Apenas 7% dos mestrados profissionais têm nível de excelência
- Falta de informação complica escolha por curso de pós-graduação
Há quatro anos, a bacharel em relações internacionais foi aprovada em concurso para trabalhar na Casa Civil paulista e procurou uma especialização em políticas públicas para se aperfeiçoar.
Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
Liliane Varanda, 29, fez mestrado em gestão de políticas públicas após começar a trabalhar no Palácio dos Bandeirantes, em SP |
"A procura por essa pós está crescendo muito, tanto da parte de servidores públicos como de funcionários de instituições que trabalham em interface com o governo, como ONGs, consultorias e organismos internacionais", afirma a professora da FGV Alketa Peci.
Coordenadora do mestrado profissional em administração pública da fundação no Rio, ela diz que, no ano passado, a demanda foi tão grande que eles passaram a ofertar uma turma com calendário diferenciado para atender alunos de outros Estados. Eles terão uma semana de aulas intensivas na capital fluminense a cada mês e meio.
Segundo a professora, a idade média dos estudantes vêm caindo de maneira expressiva e hoje está em torno dos 33 anos -90% deles são servidores públicos.
"São funcionários de uma elite do setor público. Atuam como gerentes em órgãos federais e secretarias estaduais e municipais. Também há aqueles que estudam em nichos da administração voltados à pesquisa aplicada", diz.
As pós-graduações da área recebem diferentes nomes, como administração pública, gestão de políticas públicas (GPP) e administração pública e governo. Os currículos, entretanto, têm poucas diferenças e variam conforme o corpo docente da instituição.
No geral, eles ensinam teorias das ciências humanas que podem ser aplicadas a ações do governo e de instituições relacionadas.
Nos cursos de administração pública, há formação em métodos quantitativos e teorias clássicas de áreas como economia e sociologia.
Os de GPP também têm uma base teórica de humanas forte, mas costumam dar mais ênfase ao estudo de políticas de governo.
Varanda optou por um mestrado profissional em GPP. "Aplico o que aprendi no curso todos os dias, especialmente os conceitos de federalismo e direito administrativo."
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