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27/03/2014 - 17h30

Souza Cruz é condenada a pagar R$ 500 mil a testador de cigarro

DE SÃO PAULO

O TST (Superior Tribunal do Trabalho) manteve a condenação da companhia Souza Cruz a pagar R$ 500 mil de indenização por danos morais a um ex-funcionário que, por dez anos, serviu como testador de cigarros.

Os ministros rejeitaram um recurso da empresa contra a condenação, decidida no ano passado pela oitava turma do tribunal. O processo se arrasta na Justiça desde 2001.

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Segundo informações do TST, o funcionário, Marcos Ribeiro da Costa, começou a trabalhar na empresa em 1976, aos 15 anos. Dos 18 aos 28 anos, participou do "painel de avaliação sensorial", em que funcionários fumam cigarros fabricados pela companhia para avaliar o produto.

Costa afirma que tinha de fumar em média 200 cigarros por dia, quatro vezes por semana. Segundo o profissional, a atividade acontecia entre 7h e 9h, quando ele estava em jejum. Por causa disso, diz ter sofrido de pneumotórax (acúmulo anormal de ar entre o pulmão e a membrana que reveste internamente a parede do tórax).

Antônio Lemos Serafim, advogado do profissional, afirma que ele não vai falar sobre o caso no momento -ele foi aposentado por invalidez aos 34 anos e passa por tratamento contra um câncer de duodeno.

Em nota, a Souza Cruz diz que pode recorrer da decisão no STF (Supremo Tribunal Federal). A companhia afirma que fazem parte do painel de avaliação sensorial profissionais que são maiores de idade, previamente fumantes e que aceitaram participar voluntariamente. Eles não recebem adicionais pela participação.

No ano passado, o TST decidiu que a empresa poderia manter o trabalho dos testadores.

 

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