Quem quer ficar na área de engenharia tem que se aprimorar, afirma especialista
GUILHERME CELESTINO
DE SÃO PAULO
O mercado de engenharia está desaquecido, mas não parado, diz Murilo Celso Pinheiro, 61, presidente da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e do Seesp (Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo).
Engenheiros migram para áreas como gestão em busca de oportunidades
Há opções para quem deseja continuar ou entrar na área, desde que invista em se aprimorar no setor em que atua e se atualizar para aumentar suas chances de competir no mercado.
Pinheiro diz que apesar do deficit geral de engenheiros contratados de cerca de 20 mil em 2015, há áreas que continuam em alta.
Eduardo Knapp - 04.abr.2016/Folhapress | ||
Dijalma Fernandes, engenheiro mecatrônico, procura recolocação no mercado de trabalho na sua área |
A engenharia agrônoma é a que tem melhor desempenho, segundo Pinheiro, já que o setor agrícola foi menos impactado pela retração que a indústria.
A aeronáutica também está contratando, impulsionada pelas exportações de aviões da Embraer, além da engenharia eletrônica com contratações pelas empresas.
Everton Mariano, 37, é formado em engenharia ambiental e se especializou em segurança do trabalho.
Após dez anos como auditor em gestão de segurança, saúde e ambiente, foi demitido do grupo Galvão Engenharia no ano passado.
Após algumas tentativas frustradas de voltar ao mercado, resolveu procurar a consultoria Thomas Case para fazer um treinamento para entrevistas, além de continuar o curso de inglês.
"Sei que meu diferencial no mercado é, não apenas a experiência, mas também o fato de me atualizar", diz.
Djalma Fernandes, 35, engenheiro mecatrônico, trabalhou dez anos com elevadores de construção e após ser demitido abriu uma consultoria de construção civil para treinamento. Para completar a renda trabalha no Uber.
"O mercado está difícil, mas não perdi as esperanças", diz.
A vantagem da engenharia, diz Cassia de Assis, do Instituto Mauá de Tecnologia, é a a diversidade de atuações dentro da profissão.
Assis destaca como oportunidades as empresas relacionadas a soluções para a crise hídrica, que expandiram sua atuação nos últimos anos, e o setor de manutenção de estradas. (GC)
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