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18/11/2012 - 06h50

Momento é favorável para negociar compra do imóvel

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não é apenas nos distritos com mais unidades em estoque que é possível fazer um bom negócio. Diante do atual momento do mercado imobiliário --freio nos lançamentos, diminuição no ritmo de vendas e aumento das unidades não vendidas-- as chances de barganhar um desconto são maiores.

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Atento a esse cenário, o empresário Agenor Roveda, 54, fez sua proposta para a compra de um apartamento na Bela Vista, que ficará pronto em fevereiro. Ofereceu ao corretor uma antecipação (valor em dinheiro), pediu um desconto de 15% e levou o apartamento por R$ 100 mil a menos. "Quem quer comprar um imóvel deve negociar, o momento é de muita oferta", diz.

Para queimar os seus estoques, incorporadoras têm feito promoções e saldões. A Trisul, por exemplo, lançará, no dia 24 deste mês, a campanha "Natal Premiado Trisul", em que oferecerá apartamentos com descontos. Estratégia parecida está sendo desenvolvida pela Even, que inaugurou, no último dia 10, uma megastore que reunirá apartamentos com descontos especiais.

O novo momento do mercado imobiliário também abriu espaço para sites que funcionam como "outlets" de imóveis, como o RealtON e o Homes4less, que oferecem unidades prontas ou em obras com descontos que podem chegar a 50%.

Mesmo incorporadoras que não realizam esse tipo de promoção costumam oferecer descontos se o consumidor antecipar ou aumentar o valor da entrada.

De acordo com Alexandre Lafer, CEO da Vitacon, esses descontos podem ser de 5% a 12% do valor do imóvel. Porém, variam muito de acordo com a negociação.

Para empreendimentos em obras ou quase prontos com unidades em estoque, é possível que o consumidor consiga vantagens maiores.

"Porém, é uma negociação mais dura, porque o cliente terá de pagar de 20% a 30% do valor do imóvel no ato da compra e depois recorrer ao financiamento ou quitar o restante com recursos próprios. Não necessariamente uma unidade pronta oferece mais vantagens", afirma Marcelo Bonanata, diretor de vendas da Helbor, ressaltando que imóveis prontos são mais caros que na planta.

"Há, no mínimo, uma correção inflacionária dos custos da obra de 15% a 20%, fora aumentos naturais de valorização", explica.
Para o Ricardo Yazbek, vice-presidente de legislação urbana do Secovi-SP (sindicato da habitação), como a velocidade de lançamentos caiu em proporção maior do que o ritmo de vendas, os estoques tendem a diminuir. Por isso, o consumidor deve aproveitar o momento. (ANA MAGALHÃES)

Carolina Daffara/Editoria de Arte
 

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