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16/12/2012 - 06h30

Após forte alta, mercado imobiliário no litoral norte de SP desaquece

DANIEL VASQUES
ENVIADO ESPECIAL AO LITORAL NORTE

O mercado de imóveis de veraneio no litoral norte de São Paulo"desaqueceu", "desacelerou", "está mais fraco", "estabilizou".

Os termos usados para caracterizar as vendas e os preços na região variam conforme a imobiliária e a cidade, mas em geral indicam que a maré para negociar casas, terrenos ou apartamentos já esteve mais alta.

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Isso não quer dizer que os preços estão baixos nessas cidades conhecidas por abrigar praias com "casas pé na areia" (sem avenidas ou ruas as separando do mar). As imobiliárias apontam forte alta no valor dos imóveis na costa paulista nos últimos anos, assim como aconteceu na cidade de São Paulo.

O que acontece é que, dependendo da praia, não há margem para os preços continuarem crescendo. Nos casos em que os imóveis apresentam queda nas vendas, o poder de barganha do consumidor aumenta, sobretudo em imobiliárias menores, menos resistentes à desaceleração.

O corretor Nelson Yoshimoto, que atua em Caraguatatuba, diz que precisa dar descontos porque o mercado está parado, e os preços, muito altos: "Para mim, não está nada bom".

Na mesma cidade, Adauane Liguori, funcionária de uma imobiliária, aponta que os preços nos últimos 12 meses estão estáveis, diferentemente dos últimos anos, que registraram forte alta.

SEM FÔLEGO

Gilberto Amâncio, dono de uma pequena imobiliária em São Sebastião, diz que está há cerca de cinco meses sem vender um único imóvel. "O fôlego está no limite. Se o problema persistir por muito tempo, muitas imobiliárias vão fechar as portas."

No caso dos lançamentos de alto padrão em praias disputadas, como Baleia, em São Sebastião, a freada nas vendas não foi sentida com a mesma intensidade. Como a oferta de imóveis novos é muito menor do que no litoral sul, por exemplo, torna-se mais difícil a formação de estoque.

Além disso, nessas praias, o volume de investidores comprando residências na planta tende a ser maior, o que dá força para os preços continuarem em alta.

"Em casas de alto padrão perto da praia ainda há mais compradores do que imóveis à venda", diz o consultor imobiliário Thales Vital.

LEVANTAMENTO

Veja o perfil e os preços mínimos e máximos dos imóveis vendidos em setembro nas quatro cidades do litoral norte de São Paulo e Bertioga. Confira também os lançamentos em 2012.

Editoria de Arte/Folhapress

BERTIOGA (1)

> Riviera de São Lourenço, condomínio planejado de alto padrão, tem um mercado forte de imóveis usados, mas poucos lançamentos
> Apartamentos com menos de 100 m² podem custar
em torno de R$ 500 mil
> A partir dos 150 m², entra-se facilmente na casa do milhão
> Mansões e apartamentos amplos e luxuosos custam mais de R$ 10 milhões
>Condomínio vem apresentando valorização nos preços
> Jardim São Lourenço, vizinho de Riviera, vem atraindo empreendimentos de alto padrão, com preço mais baixo
> Preço médio na cidade: R$ 2.400 a R$ 6.000 o m²

CARAGUATATUBA (2)

> Mococa e Cocanha são para quem preza pela tranquilidade
> Indaiá, centro e Martim de Sá têm mais quiosques e restaurantes
>Em Prainha, apartamentos usados custam a partir de R$ 100 mil, mas casas de alto padrão podem passar de R$ 800 mil
> Indaiá tem casas de médio e alto padrão. Imóveis partem de R$ 200 mil e podem passar de 1 milhão
> Em Martim de Sá, a maioria fica na faixa de
R$ 200 mil a R$ 400 mil, mas podem ultrapassar
R$ 800 mil
> Preço médio na cidade:
R$ 2.222 o m²

SÃO SEBASTIÃO (3)

> Maresias é a mais agitada nas noites de alta temporada
> Guaecá é residencial e tranquila. Como casas ficam em condomínios com acesso direto à praia, muitas não têm muros
> Baleia é uma das mais procuradas por compradores e atrai quem procura tranquilidade. Há condomínios de casas sendo erguidos com o valor do m² a partir de R$ 6.000, mas podendo chegar a R$ 15 mil
> Em Toque-Toque Pequeno e Toque-Toque Grande, o m² custa cerca de R$ 9.000 na beira da praia
> Preço médio na cidade:
R$ 7.083 o m²

ILHABELA (4)

>Por ser uma ilha, atrai bastante quem procura belezas naturais
> A praia do Curral costuma concentrar jovens de alta renda em busca de diversão, e é uma das mais badaladas. O metro quadrado dos terrenos custa de R$ 1.000 a R$ 1.300
> Pacuíba é para quem busca tranquilidade, mas tem poucas casas à venda. Terrenos custam por volta de R$ 1.000 o m²
> O Perequê, bairro onde ocorrem eventos e shows, tem boa oferta de imóveis. Casas custam em torno de R$ 500 mil
> Preço médio na cidade:
R$ 1.747 a R$ 2.600 o m²

UBATUBA (5)

> Praia Grande e Itaguá são as mais procuradas por quem quer curtição
>Em Praia Grande, há coberturas que chegam a custar R$ 2 milhões, mas o preço em geral vai de
R$ 250 mil a R$ 500 mil
> Em Itaguá, há casas a partir de R$ 150 mil; coberturas vão de
R$ 600 mil a R$ 1 milhão
> Com a saturação de Praia Grande e Itaguá, algumas imobiliárias veem Perequê-Açu como aposta para os próximos anos
> Em Perequê-Açu, há terrenos de 300 m² perto da praia a cerca de R$ 100 mil
> Preço médio na cidade:
R$ 3.857 o m²

Fontes: Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), imobiliárias, profissionais do mercado e moradores. O preço em cada cidade se refere aos preços mínimo e máximo dos imóveis usados vendidos em áreas nobres em setembro, segundo o Creci-SP.

Carolina Daffara/Editoria de Arte

Fonte: Geoimovel (as cidades de Ilhabela e São Sebastião não foram totalmente mapeadas)

 

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