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16/06/2013 - 01h30

Bairros da periferia têm lançamentos com m² a partir de R$ 3.000

DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO

Desde 2009, os subsídios do programa Minha Casa, Minha Vida funcionaram como estímulo para a construção de moradias em bairros nos extremos da cidade de São Paulo. Hoje, outros fatores ganham força.

Condomínios na periferia oferecem unidades com vagas só para motos

Com terrenos mais baratos do que em áreas nobres, a periferia atrai incorporadoras que buscam atender à demanda de moradores com renda crescente. E a região dispõe de uma moeda que vale ouro para a indústria da construção: alto índice de estoque de outorga onerosa disponível.

Esse instrumento possibilita construir, mediante pagamento à prefeitura, acima do limite básico permitido em cada distrito -o que não é mais possível em boa parte dos bairros mais nobres.

Com a perspectiva da instalação de equipamentos públicos e infraestrutura, o objetivo das empresas é atrair ou manter moradores que procuram imóveis de padrão mais elevado nesses bairros.

O farmacêutico Eduardo Policarpo, 26, mora em um apartamento em Itaquera, para o qual se mudou com a mulher em 2011. Ele já faz planos de ir para um outro no mesmo bairro, porém maior e com mais itens de lazer.

Crédito
A expansão imobiliária na região melhora o perfil dos lançamentos, na avaliação de Leandro Caramel, superintendente da imobiliária Habitcasa. Segundo ele, com mais crédito disponível, preços em alta e crescente oferta de unidades, o consumidor passou a ser mais exigente.

De olho nesse mercado, a Kallas criou no mês passado a Kazzas, uma empresa para atuar exclusivamente no segmento econômico -de imóveis de até R$ 200 mil. A maior parte das mil unidades que a empresa prevê lançar no ano que vem será em Itaquera. O público-alvo, segundo Nicolau Sarquis, diretor da Kazzas, é o cliente "que está começando a vida, é universitário e busca o primeiro imóvel".

Para João da Rocha Lima Jr., do núcleo de mercado imobiliário da Poli-USP (Escola Politécnica da USP), a oferta na periferia tem a ver com preços. Para reduzir o impacto da valorização dos terrenos, as empresas passaram a buscar áreas mais baratas e a construir longe do centro.

Infraestrutura
No extremo da zona leste, estão previstos viadutos, avenidas, uma unidade de pronto-socorro no hospital Santa Marcelina e uma Fatec (Faculdade de Tecnologia) no entorno do Itaquerão. A previsão é que as obras sejam concluídas até 2014.

No setor privado, o shopping Metrô Itaquera, até o fim do ano que vem, deverá receber 170 novas lojas. Segundo o Metrô, o monotrilho da linha 15-prata chegará a São Mateus até o fim de 2014 e à Cidade Tiradentes, em 2016.

Na zona norte, está prevista a linha 16-laranja, que ligará Brasilândia a São Joaquim. As obras devem iniciar em 2014.

Editoria de Arte/Folhapress
Lançamentos verticais na periferia de São Paulo
Lançamentos verticais na periferia de São Paulo
 

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