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25/08/2013 - 01h30

Bazares são opção para quem quer pagar menos, mas exigem garimpo

ANA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO

Foi garimpando diariamente uma das lojas do Mercatudo, bazar da Casas André Luiz, que o comerciante André Ferruchi, 28, mobiliou sua loja de sapatos.

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"Estruturei toda a loja por menos da metade do preço do que eu gastaria", diz ele, que comprou três prateleiras, um expositor para a vitrine e duas estantes da entidade. "O vidro que usei para a vitrine da loja também veio do bazar", acrescenta.

Danilo Verpa/Folhapress
SAO PAULO - SP - 19.08.2013 - André Ferruchi, 28, é proprietário de uma loja de sapatos e bolsas, que foi toda montada com móveis e prateleiras compradas em bazares de ONGs que vendem usados.. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, SUPLEMENTOS)
André Ferruchi, 28, é proprietário de uma loja de sapatos e bolsas, que foi toda montada com móveis e prateleiras compradas em bazares de ONGs que vendem usados.

A representante têxtil Karla Fontoura, 41, também é uma exploradora de bazares. Doadora da Unibes (União Brasileira-Israelita de Bem-Estar Social), ela encontrou lá os armários que buscava para a cozinha de sua casa.

"São armários lindos. Comprei as peças soltas, contratei um marceneiro e ficou perfeito", diz. Ela conta que pagou cerca de R$ 3.000 pelas peças no bazar: "Como são armários de marca, acho que devem custar o dobro numa loja"

Segundo Fontoura, há excelentes produtos à venda nos bazares e nem sempre usados. "Muitas lojas doam as peças do mostruário para a Unibes. Não são novas, mas também não são usadas."

O diretor de bazares da entidade, Daniel Pedro Machlup, diz que os móveis e objetos recolhidos, são, primeiramente, doados a pessoas assistidas pela instituição. Depois, o que sobra é vendido nos bazares da entidade - e o valor arrecadado é revertido para os programas sociais.

Zé Carlos Barreta/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL, 08-08-2013, 14h00: Moveis usados do bazar da Unibes, que sao doados a ONGs e postos a venda a um preco baixo. (Foto: Ze Carlos Barretta/Folhapress SUP-IMOVEIS)
Móveis usados do bazar da Unibes, que são doados a ONGs e postos a venda a um preço baixo.

SOLUÇÃO

Para Giselda Ferreira Alves, 78, o trabalho de coleta dessas instituições é uma saída para situações que parecem complicadíssimas.

Quando uma tia morreu, há cerca de seis anos, Alves ficou com a missão de se desfazer da casa - e de tudo o que estava dentro. Primeiro, convocou os primos e sobrinhos para pegar o que queria, mas sobrou muita coisa.

Alves procurou, então, o Lar Escola São Francisco, que tem um bazar tradicional na Vila Mariana, batizado de Samburá. "Eles levaram tudo, até vasos de plantas mortas. Deixaram a casa limpa. Me ajudou demais", conta.

Um diferencial do Samburá é a capacidade de consertar móveis danificados. De acordo com Clélia Salgado Teixeira, filha da fundadora da entidade, o bazar tem uma pequena marcenaria. A entidade faz cerca de 50 coletas por dia -cerca de 30% são de móveis e a maioria, roupas.

Para não entrar em furada ao comprar uma peça usada, Maíra Feltrin Alves, assessora técnica do Procon-SP, recomenda o consumidor vasculhar o produto e se informar sobre defeitos e problemas aparentes ou não.

"Os bazares são obrigados a informar sobre avarias. Caso contrário, a troca da peça precisa ser garantida pelo estabelecimento", informa a assessora do Procon-SP.

Editoria de Arte/Folhapress
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