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13/10/2013 - 01h30

Xodós do mercado, imóveis de 1 quarto encolhem e criam desafios para morador

ANAÏS FERNANDES
DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO

Os imóveis pequenos se tornaram um dos segmentos preferidos das construtoras nos últimos anos. Com isso, quem compra um apartamento desses precisa descobrir uma maneira de morar em espaços cada vez menores.

Apartamento de um dormitório torna-se nicho de investidores
Microapês exigem escolhas racionais; móveis transformáveis liberam espaço

Levantamento da Folha com base em dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) aponta que o tamanho médio de um imóvel na cidade de São Paulo passou de 110 m² em 2006 para 71,6 m² neste ano até agosto.

Além disso, em agosto, 77% das unidades vendidas na cidade mediam menos de 65 metros quadrados, segundo o Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário), reflexo da maior oferta de imóveis de até dois dormitórios.

Com a miniaturização dos apartamentos, mais lançamentos deverão romper para baixo a barreira dos 30 metros quadrados --o menor deles, da incorporadora Vitacon, deverá ter 19 m².

Bruno Poletti/Folhapress
São Paulo, SP, BRASIL, 032.10.2013 -Apartamentos Compactos - Airton Lozano, 56 anos de idade em seu apartamento no bairro da vila Uberabinha zona Sul da capital. ( Foto: Bruno Poletti / Folhapress)***EXCLUSIVO FOLHA***EMBARGADA PARA VEÍCULOS ONLINE***UOL E AGORA, COM CONSULTAR FOTOGRAFIA FOLHA***
Airton Lozano, 56, mudou-se de um apartamento de 160 m² para um de 40 m², mais prático de manter e com serviços de hotel

O apelo das construtoras é oferecer um produto bem localizado com um preço, segundo elas, "acessível", já que a forte alta no preço do metro quadrado nos últimos anos é, em parte, diluída, pela diminuição da unidade.

Um imóvel com 30 m² e com metro quadrado de cerca de R$ 12 mil sai por R$ 360 mil, o que atrai muitos investidores de olho em garantir rentabilidade com aluguel.

Para quem usa, fica o desafio de ter uma vida enxuta. Ao se separar, o executivo Airton Lozano, 56, deixou um apartamento de 160 m², onde vivia coma família, para morar em um de 40 m², sozinho.

Ele conta que passou por um "processo de adaptação" ao espaço, mas vê vantagens: "É prático manter o apartamento, além de o edifício ter infraestrutura de hotel, com manobrista, camareira e serviço de manutenção", diz ele, que recorreu ao serviço de uma arquiteta para fazer o espaço da casa render.

Editoria de arte/Folhapress
Editoria de Arte/Folhapress
A HORA E A VEZ DO 1 DORMITÓRIO Tipologia é a única que aumenta fatia nas vendas e nos lançamentos na cidade
Tipologia é a única que aumenta fatia nas vendas e nos lançamentos na cidade. Investidores são até 80% dos compradores
 

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