Crédito imobiliário com recursos da poupança cresce 35% no ano
DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO
Atualizado às 19h17.
Os financiamentos imobiliários para aquisição e construção com recursos da poupança alcançaram R$ 79,3 bilhões no acumulado de janeiro a setembro, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Danilo Verpa/Folhapress |
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O resultado é 35% maior do que o registrado nos primeiros nove meses do ano passado e ficou próximo aos R$ 82,8 bilhões financiados em todo o ano de 2012.
Em número de imóveis financiados, o ritmo de alta é menor. No acumulado até setembro, foram 387 mil unidades, 16,5% mais do que no mesmo período de 2012.
O descolamento entre o valor financiado e o número de unidades reflete a alta do preço dos imóveis e a entrada menor que o consumidor dá na hora da compra.
Foram financiados, em média, 65,1% do valor total do bem em 2013 até setembro. No ano passado, eram 63,8%.
Dos R$ 79,3 bilhões em crédito imobiliário, 70,6% foram para aquisição de moradias e o restante para construção. Em 2012, a parcela para compra era de 66,6%.
Tanto o volume para aquisição como para construção, porém, apresentaram alta.
O especialista em mercado imobiliário José Pereira Gonçalves afirma que a elevação no crédito para construção reflete a recuperação do mercado imobiliário no país neste ano.
Segundo ele, 2012 foi um momento para incorporadoras desovarem o estoque.
Já em relação ao aumento no valor destinado às pessoas físicas, ele diz que em parte se trata dos financiamentos adquiridos referentes a apartamentos vendidos na planta em 2010 e 2011.
Nesses dois anos, houve grande volume de lançamentos no país, e o financiamento ocorre apenas no momento da entrega do bem pela incorporadora, cerca de três anos depois do lançamento.
Considerando apenas setembro, foram financiadas aquisições e construções de 44,2 mil unidades, com alta de 17% em relação ao mesmo mês em 2012.
O crédito somou R$ 9,16 bilhões, registrando acréscimo de 32% no mesmo período.
POUPANÇA
Os depósitos nas cadernetas de poupança superaram os saques em R$ 5,1 bilhões, o maior resultado para um mês de setembro desde 1994.
Em termos acumulados, nos primeiros nove meses deste ano, a diferença entre depósitos e retiradas foi positiva em R$ 36,9 bilhões, volume 48% maior que o observado no mesmo período do ano passado.
O saldo dos depósitos de poupança superou R$ 442 bilhões em setembro, elevação de 19% em relação ao saldo nesse mês em 2012.
Editoria de Arte/Folhapress |
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