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20/04/2014 - 01h30

Reduzir estoque é meta de construtoras; veja como fazer melhor negócio

DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO

Com o estoque elevado de imóveis novos na cidade de São Paulo, o consumidor está mais fortalecido na hora da compra. Em São Paulo, o estoque atinge 18.619 unidades, considerando os imóveis lançados há no máximo 36 meses e ainda não vendidos.

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Hoje, além de mais opções de empreendimentos para comparar, as chances de descontos aumentam, sobretudo com unidades prontas ou em ritmo avançado de obras.

Para não ter custos como de condomínio e IPTU, que ficam a cargo das empresas se um apartamento fica pronto sem sem vendido, elas podem abrir mão de um percentual do valor original.

Zé Carlos Barretta/Folhapress
Luiz Alberto Paixão dias procurou bastante e conseguiu desconto no apartamento novo
Luiz Alberto Paixão Dias procurou bastante e conseguiu desconto no apartamento novo

"Não é à toa que as grandes incorporadoras estão fazendo campanhas de descontos", diz Bruno Vivanco, da imobiliária Abyara Brasil Brokers, citando o baixo desempenho econômico do país e os cancelamentos de contratos "em patamar elevado".

Nesse caso, diz ele, trata-se das devoluções de imóveis, que ocorrem porque o cliente não consegue financiar o apartamento na hora da entrega do empreendimento.

Com esse "estoque" de volta para a empresa, os preços podem ser melhores até do que o de imóveis na planta.

Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress

Isso também pode ocorrer nos casos em que o prédio está para ser entregue e sobram unidades à venda.

O analista de negócios Luiz Alberto Paixão Dias, 30, conta que, em maio do ano passado, pesquisou dois prédios da mesma construtora e de padrão muito parecido, em ruas vizinhas na Vila Carrão (zona leste de São Paulo).

Depois de negociar, conseguiu abatimento de cerca de 15% no preço do imóvel em obras, mas não no da planta.

"A corretora ofereceu descontos, mas 'chorei' um pouquinho e consegui mais."

Dias pegou as chaves do apartamento na última quarta-feira, e o outro empreendimento, cerca de R$ 35 mil mais caro na ocasião da compra, segue em obras.

DESCONTOS

O anúncio de um desconto alto não deve fazer o comprador deixar de pesquisar bem a localização e as características do empreendimento (veja quadro).

Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress

"Os descontos mais agressivos são para as piores unidades do prédio e o consumidor precisa ficar alerta", afirma Carlos Eduardo Fernandes, superintendente da incorporadora Brookfield.

Ele diz que é comum, por exemplo, ver em feirões a venda de imóveis no primeiro andar ou voltados para uma avenida barulhenta.

O executivo lembra também que o consumidor deve se questionar se o abatimento do preço é de fato real. "Há um desconto de 20%, mas será que o apartamento não tinha 20% a mais de preço?"

No caso de imóveis na planta, a melhor forma de obter um preço mais baixo do que o anunciado é dar uma entrada grande ou, se couber no bolso, pagar à vista.

O desconto, nesse caso, ocorre porque a empresa deixará de arcar com os juros do financiamento que faria com o banco para erguer a obra. "Pagando à vista, o consumidor pode conseguir 25% de desconto", diz Fernandes, da Brookfield.

 

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