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08/02/2015 - 01h30

Compra da casa fica até 10% mais cara com aumento de imposto e juros

DOUGLAS GAVRAS
DE SÃO PAULO

Após encerrar 2014 com as vendas em ritmo lento, o mercado imobiliário terá de enfrentar mais um obstáculo na hora de convencer o consumidor a fechar negócio: o aumento do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis), que passará de 2% para 3% do valor do imóvel a partir de abril em São Paulo.

Com juro mais alto, cliente deve pesquisar antes de financiar imóvel

O ITBI é um imposto que se paga ao município na compra de uma casa ou apartamento.

Segundo estudo do Canal do Crédito feito a pedido da Folha, o reajuste de um ponto percentual do tributo para os paulistanos elevará o custo total da compra da casa.

Editoria de arte/Folhapress

Para clientes sem relacionamento com o banco, financiar a casa nova por 30 anos sairá até 10,3% mais caro, para imóveis a partir de R$ 750 mil, os negociados pelo SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário).

Para imóveis abaixo de R$ 750 mil, contratados pelo SFH (Sistema de Financiamento Habitacional, que usa recursos da poupança e, em geral, tem melhores condições), o aumento é de até 3,4%.

Com o reajuste, para um imóvel que custe R$ 800 mil, por exemplo, o ITBI passará de R$ 16 mil para R$ 24 mil.

Criticada na época da aprovação, no fim do ano passado, a alta do tributo foi vista pelo mercado como uma manobra para compensar a derrota da prefeitura, que reviu o aumento do IPTU deste ano.

LEI DAS COMPENSAÇÕES

Com o aumento do imposto de transmissão de imóveis, o município espera alcançar uma receita extra de R$ 580 milhões em 2015. Por ano, cerca de 150 mil pessoas pagam o tributo em São Paulo ao comprar um imóvel.

O total que a prefeitura espera recolher com o ITBI é maior do que o valor que deixará de ser arrecadado com o IPTU, cerca de R$ 570 milhões.

"Vivemos um momento de aperto nas contas e União, Estados e municípios aumentam a tributação para que a arrecadação suba", diz Rodrigo de Castro, sócio da área imobiliária da Veirano Advogados.

Para Miguel Ribeiro, analista financeiro e vice-presidente da Anefac (associação de executivos de finanças), o consumidor que planeja uma casa nova vai comprá-la do mesmo jeito, mas a elevação dos custos é negativa. "Isso impacta na renda e as famílias querem evitar o endividamento."

"Se o cliente tiver um imóvel em vista, é interessante apressar a compra para evitar o aumento do ITBI", diz Felipe Frossard, da KBM Advogados.

Editoria de arte/Folhapress
 

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