Comum nos EUA, preço dificulta popularização da ecomadeira no Brasil
CAMILA TOLEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A madeira plástica, chamada pelos fabricantes de ecomadeira, é a opção mais sustentável para aqueles que não abrem mão do material.
Como não necessita de manutenção e tratamento e é resistente ao sol, ela é muitas vezes usada em passarelas, outros locais ao ar livre. "Também funciona muito bem em deque flutuantes sobre água, já que não apodrece" diz o paisagista Benedito Abbud, que usa o material em seus projetos.
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Embora a ecomadeira seja semelhante a matéria prima original, a arquiteta Eliane Mesquita, alerta que às vezes é possível notar a diferença. "Isso pode condenar a qualidade do projeto", diz. Por isso, ela indica que se use padronagens e tons próximos da madeira verdadeira.
Apesar das vantagens, o material enfrenta dificuldades para se popularizar no país devido ao preço. Enquanto nos EUA mais de 1/3 do mercado usa ecomadeira, no Brasil, essa fatia cai para menos de 1%. O preço do m² de um deque com o material varia entre R$ 215 e R$ 350, enquanto um exemplar semelhante de madeira nobre sai em torno de R$150.
"No exterior a madeira nobre é mais cara, e a falta de manutenção logo se paga", explica Guilherme Bampi, superintendente da Madeplast, que produz a ecomadeira no Paraná. Ele acredita, porém, que o material está ganhando espaço.
Como os produtos usados na produção da ecomadeira -que podem incluir plástico ou fibras- são reciclados, sua produção é sustentável. Carlos Eduardo Ristum, gerente geral da Rewood (que produz o material), calcula que para cada 20m² do produto, uma árvore de porte médio é poupada.
Já Eliane Suzuki, da Inovatech Engenharia, aponta que a produção de dióxido de carbono da madeira plástica é maior do que da madeira convencional, causando, portanto, maior impacto ambiental ao longo da vida útil.
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