Funcionário é mais perigoso do hacker para empresas
FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO
Um hacker que, sem nem mesmo pisar na empresa, consegue acessar a rede interna da organização e furtar dados estratégicos é coisa do passado. Quem diz isso é Ítalo Cosentino, especialista em segurança da empresa de tecnologia Unisys.
Quando se trata de proteção de dados, hoje, o ponto mais vulnerável de uma empresa é o interno, ele afirma.
O caso mais recente é o de Edward Snowden, 30, que revelou que o governo dos EUA mantinha um programa de espionagem, que incluía grampos em telefones e vigilância pela web.
Snowden era um técnico de informação da Agência Nacional de Segurança dos EUA. Ele afirmou ao jornal "Guardian" que, mesmo sem ser um diretor, tinha acesso a dados da organização.
Segundo Cosentino, não há um sistema 100% seguro para proteger dados de uma empresa caso ela empregue alguém talentoso o suficiente para acessá-los.
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Alexandre Freire, 37, professor do núcleo de computação eletrônica da UFRJ, explica que é possível sofisticar o sistema para dificultar o acesso -por exemplo, combinar logins e senhas de acesso com autorizações biométricas (ou seja, pelo dedo ou íris do usuário).
Ele nota que as empresas têm ficado mais preocupadas com roubo de dados por profissionais de TI e que algumas delas colocam cláusulas de confidencialidade no contrato dos funcionários.
Não são só os dados da empresa que são vulneráveis: o que os empregados fazem nos computadores também pode ser visualizado.
Um sistema de segurança de dados, explica Cosentino, tem diferentes graus de "privilégios" de sigilo, de acordo com a hierarquia do funcionário monitorado. No caso de um usuário comum, a companhia pode rastrear tudo o que ele faz na máquina. "Desde os sites em que ele entrou até o que digitou no navegador", especifica.
Philippe Lopez/AFP | ||
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Homem olha para cartaz com foto de Edward Snowden |
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