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01/09/2013 - 01h15

Grandes companhias usam empresas iniciantes para melhorar produtos

FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

A empresa de comércio pela internet MercadoLivre vai anunciar na quarta-feira o início da operação no Brasil de um fundo de investimento em companhias iniciantes.

Com US$ 10 milhões (R$ 23 milhões) para investir em negócios inovadores no Brasil, o fundo selecionará empresas em parceria com a Wayra, aceleradora de negócios do grupo Telefônica Vivo.

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O objetivo do MercadoLivre é usar projetos de terceiros para melhorar a própria plataforma. "Se desenvolvedores criam uma ferramenta que é melhor do que a nossa, isso é excelente", afirma Daniel Rabinovich, diretor de tecnologia da companhia.

Divulgação
Daniel Rabinovich, diretor de tecnologia do MercadoLivre
Daniel Rabinovich, diretor de tecnologia do MercadoLivre

Ele diz que a participação do fundo nos negócios deverá ser minoritária. Na Argentina, país de origem do MercadoLivre, três start-ups (novo negócio de base tecnológica) receberam US$ 100 mil cada. A iniciativa é compartilhada por empresas de tecnologia, como a brasileira Totvs e a multinacional Qualcomm, que lançaram em 2012 fundos de capital de risco.

Alexandre Dinkelmann, vice-presidente-executivo da Totvs, diz que, ao contrário dos tradicionais, esses fundos não precisam se preocupar em vender a participação na start-up no futuro.

"O objetivo é apoiar empresas com potencial de inovação e sinergia com nossos produtos".

Até o momento, a Totvs Ventures investiu em duas empresas iniciantes: a ZeroPaper, de gestão financeira para profissionais liberais e a uMov.me, plataforma de criação de aplicativos para não desenvolvedores.

Já na Qualcomm, outro objetivo do fundo é criar soluções que aumentem o uso de smartphones, para os quais a empresa produz tecnologias, diz Carlos Kokron, diretor da
Qualcomm Ventures no Brasil.

"Se essas empresas dão certo, conseguimos levar mais pessoas a procurar soluções disponíveis para smartphones e trazemos mais usuários a médio e longo prazo".

A empresa tem investimentos na Zoop, de pagamento móvel, e está em fase final de negociação com mais duas empresas.

 

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