Em 5 anos, volume de dinheiro para capital de risco chega a US$ 21 bilhões
DE SÃO PAULO
Nos anos de 2008 e 2009, o investimento total em fundos de capital de risco no Brasil foi de US$ 6,4 bilhões. Nos três anos seguintes, essa soma foi de US$ 21,1 bilhões, um aumento de 230% em relação ao período anterior. Esse é um dos resultados apresentados em um estudo conduzido pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quinta-feira (19).
A pesquisa foi conduzida pelo professor Marcelo Fernandes. Ele identificou que existem 163 organizações gestoras de fundos de capital de risco, que colocam dinheiro em empresas que não estão na bolsa e que têm potencial para crescer mas também apresentam mais risco. Para fazer o panorama, ele entrevistou 125 delas.
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Juntas, elas tinham, no fim de 2012, mais de U$ 53 bilhões de dinheiro investido em 723 empresas. Os principais destinos são três áreas da economia: infraestrutura, mercado imobiliário e produtos primários (como minério de ferro ou produção agrícola). Em quarto lugar está a área de educação.
Ele afirma que há uma tendência de aumentar a quantidade de pequenos aportes em empresas. Segundo Fernandes, há ainda muita "munição", ou seja, dinheiro que está na mão dos fundos de capital, mas que eles ainda não investiram por terem incertezas.
Ele aponta que o retorno desses fundos é de 17,31%.
No mesmo encontro foram divulgados dados de uma competição de start-ups (empresas iniciantes de base tecnológica) para este ano, o Desafio Brasil, que é organizado pelo mesmo centro da FGV que conduziu a pesquisa.
Do ano passado para este, o número de propostas inscritas saltou para mais de 1.600 --em 2012, foram 364.
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