Publicidade
16/09/2012 - 06h02

Dafra Next encara a Yamaha Fazer flex

Guilherme Silveira
Colaboração para a Folha

As motocicletas com motores de 250 cm³ chegaram ao Brasil na década de 1980 -a primeira foi a trail Honda XL 250R. Era o começo de um novo segmento, o dos modelos de média cilindrada, que cresceu muito com o passar dos anos.

São motos que viajam bem em estradas rápidas e têm motores econômicos para uso diário. A Folha juntou as concorrentes Dafra Next 250, importada da Coreia do Sul, e a nacional Yamaha Fazer Blue Flex, primeira 250 a receber a tecnologia que permite abastecimento com etanol ou com gasolina.

Lucas Lima/Folhapress
Fazer Blue Flex (à esq.) oferece posição de pilotagem mais confortável que a concorrente Next 250
Fazer Blue Flex (à esq.) oferece posição de pilotagem mais confortável que a concorrente Next 250

Lançada há cinco meses, a Next tem porte e visual bem trabalhados, com apelo esportivo. Por conta disso, chama a atenção nas ruas. Há detalhes interessantes, como as carenagens integrais e a tampa do tanque tipo aviação.

A Fazer foi reestilizada em 2010, quando recebeu melhorias como os rolamentos no braço da suspensão traseira.

O painel da Dafra Next informa o momento da troca de óleo, tem amperímetro (que ajuda a monitorar o estado da bateria) e também indicador de marcha. O escapamento é feito de aço inox.

O quadro de instrumentos da Yamaha Fazer é discreto e informa somente o que é estritamente necessário para o piloto. Porém, é mais preciso nas informações.

Ambas pecam pela falta das travas para capacetes, item que evita furtos desse equipamento ao estacionar a moto na rua.
Next e Fazer têm bom acabamento e lanternas traseiras com LEDs. No entanto, a Yamaha apresenta pintura mais bem cuidada.

Carolina Daffara/Editoria de Arte

A ergonomia da Yamaha Fazer Blue Flex merece elogios, com posição de pilotagem elevada e confortável. O apoio para o garupa é bom, bem como as alças traseiras para fixação de bagagens. Contudo, há um ponto negativo: o banco tem espuma muito dura.

Na Dafra, o guidão obriga que o piloto fique inclinado para frente, posição que torna as viagens mais cansativas. Outro problema: a Next esterça pouco, algo crítico no uso urbano.

As motocicletas avaliadas trazem motores monocilíndricos com injeção eletrônica. As semelhanças entre elas terminam aí.

A Dafra tem sistema de refrigeração líquida e motor com quatro válvulas -o que favorece a potência, mas reduz o torque em baixa rotação.

A Yamaha tem duas válvulas e arrefecimento a ar e é mais esperta no uso urbano, embora tenha menor potência (21 cv contra 25 cv da Next).

Carolina Daffara/Editoria de Arte

Com etanol no tanque, a Fazer Flex não apresentou dificuldades para dar a partida e funcionou de forma muito "redonda". Seu tanque de 19,2 litros compensa a menor autonomia proporcionada pelo combustível de origem vegetal. Na Dafra, cabem 14 litros de gasolina.

As motos testadas trazem sistemas de suspensão e frenagem similares, com regulagem de compressão da mola na traseira e freios a disco nos dois eixos.

A Fazer tem acerto que oferece conforto nos pisos ruins e precisão de trajetória acima da média em rodovias. A Dafra pode melhorar em ambos quesitos: a frente bate "seco" em buracos e não conversa bem com a traseira.

A Yamaha Fazer Blue Flex apresenta níveis menores de vibração e de ruído. A Dafra Next 250 precisa evoluir nesses aspectos.

A Dafra tem estilo esportivo, um eficiente motor refrigerado a água e painel completo. É uma boa escolha para o uso nos dias de folga e custa R$ 10.450 -R$ 1.240 a menos que a Yamaha.

A Yamaha tem um projeto maduro, há sete anos no mercado. A versão Blue Flex avaliada é R$ 411 mais cara que a Fazer 250 a gasolina (R$ 11.690), mas compensa a diferença com tecnologia e economia para quem roda bastante. É a opção mais indicada para os que usam a motocicleta no cotidiano.

 

Publicidade

 

Publicidade

 
Busca

Encontre um veículo





pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag