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07/10/2012 - 06h51

Carros que se autodirigem estão em fase avançada de teste

FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO

O motorista coloca o cinto de segurança, liga o carro e escolhe a rota no GPS. Depois disso, torna-se passageiro: o veículo entra em movimento sozinho e segue para o destino escolhido.

Parece ficção, mas é o próximo passo da indústria automotiva, que desenvolve veículos autônomos com o objetivo de eliminar o risco de acidentes por falha humana.

Fabricantes como BMW, GM e Volvo já mostraram protótipos que rodam sozinhos. Os carros são comandados por uma sistema inteligente que usa navegação por GPS e sensores para se orientar (veja no quadro).

Divulgação
Clique na imagem e assista ao vídeo do carro futurista
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GOOGLE
O projeto mais conhecido, porém, é o da Google. O Toyota Prius equipado com o software da empresa já percorreu mais de 300 mil quilômetros de forma autônoma.

Para trânsito fluir, todos os veículos precisariam ser autônomos

O sistema da Google, até agora, mostrou-se confiável. A única falha durante os testes foi uma batida na traseira do Prius, provocada por um condutor (humano) distraído. Os maiores desafios extrapolam o carro.

"A construção da infraestrutura é a maior barreira para a adoção generalizada do carro autônomo. Os automóveis sem motorista operam por meio de sistemas de comunicação sofisticados, que ainda estão em desenvolvimento", diz Alberto Broggi, professor de engenharia da Universidade de Parma (Itália) e membro do IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos). Segundo Broggi, cerca de 75% dos carros no mundo serão autônomos em 2040.

Editoria de arte/folhapress

PREÇO

Professor de mecatrônica da USP e membro do IEEE, Marcelo Becker calcula que um 'autonomobile' custaria hoje R$ 350 mil, preço de um sedã de alto luxo.

"A elevará o preço dos carros no futuro, pois é impossível agregar tecnologia sem que isso afete o custo do produto. Mas, no futuro, um carro médio não chegará ao valor que citei. A indústria já trabalha no desenvolvimento de sistemas mais baratos, que serão feitos em larga escala. Outra questão é que haverá redução do número de acidentes, o que poderá diminuir drasticamente o preço dos seguros", diz.

 

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