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07/10/2012 - 06h51

Riquixá brasileiro chega em novembro com preço de moto

EDUARDO SODRÉ
DE SÃO PAULO

Não estranhe se um "tuque-tuque" cruzar seu caminho no coração de São Paulo. O riquixá motorizado, que na Índia é tão onipresente quanto a imagem do deus Ganesha, está prestes a ser homologado para o transporte de passageiros no Brasil.

Segundo a Motocar, empresa que produz os triciclos em Manaus, todos os procedimentos já foram cumpridos, faltando apenas a liberação da licença. "Fomos aprovados em todos os testes exigidos, como o de emissões", diz Júlio de Almeida, diretor da Motocar. A empresa já vende versões importadas para carga e passageiros, mas em pequenos volumes.

Para atender às normas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o riquixá nacional terá luzes de seta e de ré, estepe e cintos de segurança abdominal para os ocupantes (condutor e dois passageiros).

Divulgação

PARA-BRISA

O para-brisa tem limpador e é laminado, igual ao dos automóveis. Isso evita que, em caso de quebra, o vidro gere estilhaços que poderiam ferir os ocupantes. O motor é de motocicleta, com 150 cc. A Motocar diz que fez modificações na parte mecânica para melhorar o rendimento.

As vendas devem começar em novembro, e o "tuque-tuque" de passageiros irá custar a partir R$ 10,5 mil.

A Motocar acredita que o veículo interessará a pessoas que fazem deslocamentos curtos no dia a dia ou que trabalham com turismo.

Na Índia, um riquixá motorizado custa o equivalente a R$ 3.500 e tem pneus de scooter. O brasileiro usa rodas de motocicleta (com aros maiores) na versão de passageiros.

Em suas andanças pelo mundo, o jornalista e apresentador do "Fantástico" Zeca Camargo tornou-se passageiro do triciclo.

"O 'tuque-tuque' não é uma solução para o trânsito, que é caótico em cidades como Bancoc [Tailândia] e Nova Déli [índia]. Mas é um veículo folclórico, e imagino que fará sucesso na Copa de 2014", diz o apresentador.

Divulgação

HABILITAÇÃO
É preciso ter carteira de habilitação "A" (a mesma das motocicletas) para guiar o riquixá motorizado. O uso de capacete é obrigatório nos trechos rodoviários, porém opcional nas vias urbanas.

A carroceria fechada lembra a de um automóvel, mas há um guidão no lugar do volante e o acelerador fica na manete. É a segunda vez que os "tuque-tuques" são vendidos no Brasil. No início dos anos 2000, a Kasinski importou alguns modelos.

 

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