Riquixá brasileiro chega em novembro com preço de moto
EDUARDO SODRÉ
DE SÃO PAULO
Não estranhe se um "tuque-tuque" cruzar seu caminho no coração de São Paulo. O riquixá motorizado, que na Índia é tão onipresente quanto a imagem do deus Ganesha, está prestes a ser homologado para o transporte de passageiros no Brasil.
Segundo a Motocar, empresa que produz os triciclos em Manaus, todos os procedimentos já foram cumpridos, faltando apenas a liberação da licença. "Fomos aprovados em todos os testes exigidos, como o de emissões", diz Júlio de Almeida, diretor da Motocar. A empresa já vende versões importadas para carga e passageiros, mas em pequenos volumes.
Para atender às normas do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o riquixá nacional terá luzes de seta e de ré, estepe e cintos de segurança abdominal para os ocupantes (condutor e dois passageiros).
Divulgação | ||
PARA-BRISA
O para-brisa tem limpador e é laminado, igual ao dos automóveis. Isso evita que, em caso de quebra, o vidro gere estilhaços que poderiam ferir os ocupantes. O motor é de motocicleta, com 150 cc. A Motocar diz que fez modificações na parte mecânica para melhorar o rendimento.
As vendas devem começar em novembro, e o "tuque-tuque" de passageiros irá custar a partir R$ 10,5 mil.
A Motocar acredita que o veículo interessará a pessoas que fazem deslocamentos curtos no dia a dia ou que trabalham com turismo.
Na Índia, um riquixá motorizado custa o equivalente a R$ 3.500 e tem pneus de scooter. O brasileiro usa rodas de motocicleta (com aros maiores) na versão de passageiros.
Em suas andanças pelo mundo, o jornalista e apresentador do "Fantástico" Zeca Camargo tornou-se passageiro do triciclo.
"O 'tuque-tuque' não é uma solução para o trânsito, que é caótico em cidades como Bancoc [Tailândia] e Nova Déli [índia]. Mas é um veículo folclórico, e imagino que fará sucesso na Copa de 2014", diz o apresentador.
Divulgação |
HABILITAÇÃO
É preciso ter carteira de habilitação "A" (a mesma das motocicletas) para guiar o riquixá motorizado. O uso de capacete é obrigatório nos trechos rodoviários, porém opcional nas vias urbanas.
A carroceria fechada lembra a de um automóvel, mas há um guidão no lugar do volante e o acelerador fica na manete. É a segunda vez que os "tuque-tuques" são vendidos no Brasil. No início dos anos 2000, a Kasinski importou alguns modelos.
+ NOTÍCIAS SOBRE VEÍCULOS
+ Livraria
- Livro traz poemas curtos em japonês, inglês e português
- Conheça o livro que inspirou o filme "O Bom Gigante Amigo"
- Violência doméstica é tema de romance de Lycia Barros
- Livro apresenta princípios do aiuverda, a medicina tradicional indiana
- Ganhe ingressos para assistir "Negócio das Arábias" na compra de livro
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade